Cirurgiã plástica explica riscos e recomendações do procedimentos
Recentemente, a atriz Deborah Secco revelou que irá remover suas próteses de silicone para interpretar uma caminhoneira no cinema. Essa informação reacendeu uma questão: após o explante, existe a possibilidade de recolocação de próteses? O procedimento trata-se da cirurgia de retirada dos implantes de silicone, podendo ser motivada por razões estéticas, de saúde ou mudanças no estilo de vida.
O explante vem crescendo como cirurgia
Segundo a cirurgiã plástica Luiza Hassan, existe essa possibilidade, mas é preciso ter cautela. A cirurgia de explante é um procedimento que vem ganhando muitas adeptas, principalmente entre mulheres que tiveram silicone nas mamas por muitos anos. E, em determinado momento da vida, desejam retornar à sua forma natural. Entretanto, algumas pacientes podem não se adaptar à falta de volume e projeção das mamas naturais, decidindo reconsiderar a recolocação das próteses.
"Caso a paciente mude de ideia e decida recolocar o silicone, o reimplante das próteses é tecnicamente possível em outra ocasião, dependendo da condição do tecido mamário e da razão pela qual os implantes foram removidos", explica a especialista em cirurgias de mama e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Um processo de recuperação
A médica diz que, em alguns casos, pode ser necessário um período de recuperação antes de um novo implante, permitindo que os tecidos se reorganizem. "Se a paciente deseja um novo implante, mas sua pele e tecido mamário não oferecem suporte adequado ou apresentam muitas distorções, pode ser preciso aguardar a retração e reorganização do tecido cicatricial antes de uma nova cirurgia. Esse intervalo pode variar de alguns meses a um ano, conforme o grau de flacidez, da qualidade da pele e da presença de cicatrizes. Exames como ultrassonografia e ressonância magnética podem auxiliar na avaliação das alterações e minimizar risco de complicação", afirma.
Outro ponto importante a ser considerado é o tamanho e o formato das novas próteses. A escolha de um volume adequado é essencial para evitar maus resultados e problemas de posicionamento. "Muitas mulheres optam por um tamanho menor ou por um perfil que proporcione um resultado mais natural, respeitando a anatomia e as características do tórax de cada paciente", acrescenta. A especialista reforça que, independentemente da escolha, é imprescindível contar com o acompanhamento de um cirurgião plástico de confiança e discutir todas as opções disponíveis. "Seja qual for a motivação ou necessidade, por se tratar de um procedimento invasivo, com diferentes riscos e graus de complexidade, deve ser uma decisão pessoal bem avaliada, como qualquer outra cirurgia", conclui.