Asma: doença não tem cura, mas pode ser tratada com acompanhamento médico regular

6 out 2024 - 19h49

Nas crianças, principalmente menores de cinco anos, o que desencadeia as crises são as infecções virais

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 150 milhões de pessoas sofrem com a asma no mundo. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram 20 milhões de brasileiros asmáticos, entre crianças e adultos. Anualmente, ocorrem 350 mil internações devido a casos mais extremos, sendo a terceira maior causa de hospitalização no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Segundo a pediatra Tássia Rodrigues, (CRM-RJ 5290066-4 e RQE 29.815/29.816), a asma é uma condição geralmente multifatorial, em que os fatores ambientais são somados à predisposição genética para o possível desenvolvimento da doença. "A asma pode se manifestar precocemente e em quadros mais leves, como tosse persistente, podendo evoluir a falta de ar, esforço para respirar e chiado no peito, que tecnicamente chamamos de sibilância", explica.

A médica diz que as formas de tratar o problema consistem na manutenção de medicamentos, usados nos períodos assintomáticos visando prevenir novas crises, e também o tratamento da crise de asma agudamente, que pode chegar a necessidade de hospitalização em casos mais graves.

Foto: Márcia Piovesan

Dra. Tássia - Foto divulgação

Conforme Tássia, há pacientes que podem desencadear crise asmática por estresse. No entanto, ela ressalta que o mais comum é o contato com alérgenos, como poeira, ácaros e alguns alimentos. A especialista destaca que certos pacientes pioram o quadro de asma quando têm contato com vírus respiratórios ou por meio de exercício físico. "A asma tem seu pico de incidência na infância, depois na terceira idade, e tende a melhorar durante a idade adulta. É uma doença crônica que requer acompanhamento e controle com especialista", alerta.

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Em 2019, Laurel Griggs, atriz da Broadway, morreu aos 13 anos após sofrer uma forte crise de asma. À época, a notícia da morte da adolescente ganhou destaque no mundo. De acordo com a pediatra, o caso de asma grave é de difícil controle porque muitas vezes requer hospitalização em unidade de terapia intensiva (UTI), e mesmo com todo aparato terapêutico, pode colocar a vida do paciente em risco.

"Por isso é tão importante o diagnóstico, acompanhamento e tratamento adequados", finaliza.

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