Cansaço excessivo, fadiga e fraqueza muscular. Esses foram os primeiros sintomas que a atriz, performer e produtora cultural Paloma Alecrim começou a sentir no primeiro semestre de 2022, antes de receber o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
A artista nasceu na cidade de Araçuaí (MG) e se formou no Curso Técnico em Teatro pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) em 2016 e pelo Núcleo de Artes Cênicas (NAC) em 2019, ano em que se mudou para São Paulo para continuar os estudos de gênero na Escola de Teatro.
Tudo estava indo bem até que os sintomas apareceram. Após nove meses lidando com o que ela pensava serem possíveis sequelas da Covid-19, esses sintomas passaram a impactar ainda mais as atividades cotidianas de Paloma, inclusive sua disposição nas aulas de teatro.
À medida que a doença avançava, a artista enfrentava quedas ao andar na rua, ao subir na bicicleta, escorregava dentro de casa, apresentava dificuldade para cortar alimentos, manusear talheres, entre outras dificuldades para realizar tarefas simples: ela não tinha força para aplicar desodorante aerossol e não conseguia pentear o cabelo. Além disso, também sofria com espasmos musculares, movimentos involuntários e a voz ficava rouca com frequência.
"Meu corpo estava me avisando que não estava bem e eu sempre fui muito ativa, então, me ver em uma outra frequência doeu. Aliás, está doendo!", relatou a atriz.
Paloma ficou internada por uma semana no Hospital das Clínicas em São Paulo e foi submetida a vários exames até descobrir que é portadora de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
A doença rara e incurável afeta o neurônio motor, fazendo com que o paciente perca todas as suas atividades motoras, se tornando completamente dependente para suas atividades essenciais e básicas do dia a dia.
Além da esclerose lateral amiotrófica, Paloma também luta contra um tumor na hipófise, cujo tratamento exige um acompanhamento de imagens a cada quatro meses e o uso de medicamento para inibir o crescimento.
Diante do alto custo financeiro para manter todos os cuidados diários como fisioterapia motora e respiratória, fonoaudiologia, terapia ocupacional, dentre outros, a artista lançou uma campanha financeira para realizar o tratamento paliativo contra a esclerose lateral amiotrófica, contratar uma cuidadora e cobrir o déficit de suas despesas.
Após os diagnósticos, a atriz não obteve apoio familiar e foi expulsa da casa onde morava com sua avó por intolerância religiosa. Hoje, Paloma mora com o namorado Anderson Isidoro em Minas Gerais, onde a única renda do casal é o auxílio-doença de Paloma e algumas doações de suplementos e vitaminas.
"Às vezes a rotina é meio difícil para mim, né? Sinto saudade de São Paulo, da minha família! Choro escondido para ela não ver… Fico triste de ver a doença evoluir e não poder fazer nada", relata Isidoro.
Acesse aqui a campanha para ajudar o tratamento de Paloma Alecrim e conhecer mais detalhes sobre a sua história.
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