O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ressaltou nesta segunda-feira em Adis-Abeba que a epidemia do ebola é um "problema mundial" que requer uma resposta "imediata", mas que esta luta não deve isolar os países.
"Temos que isolar os casos de ebola, não os países", afirmou o secretário-geral da ONU em entrevista coletiva na capital etíope, onde está em visita junto do presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e responsáveis de várias organizações regionais.
Depois de se reunir com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, Ban ressaltou que "o ebola é um problema mundial que requer uma resposta global em massa e imediata".
Ele explicou que todo o sistema das Nações Unidas, incluindo o Banco Mundial, se mobilizou "para fazer todo o possível" na luta contra o vírus.
"Estou em contato telefônico dia e noite com os líderes internacionais para arrecadar fundos para esta luta", disse Ban, que insistiu que é necessário intensificar os esforços para poder salvar vidas e proteger as comunidades atingidas pela epidemia.
Entre as medidas adotadas para combater o ebola, o secretário- geral da ONU criticou aquelas que só servem para isolar os países afetados.
No entanto, elogiou o compromisso de vários países africanos de enviar equipes de saúde para Libéria, Serra Leoa e Guiné, entre eles a Etiópia, que na semana passada anunciou que enviará 200 trabalhadores de saúde.
Ban voltará a se reunir nesta terça-feira com representantes de vários organismos internacionais e regionais para abordar em profundidade as diferentes medidas para combater o surto de ebola em África Ocidental.
Já são 10.141 casos nos oito países afetados, e 4.922 morreram, segundo os últimos dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde.