Beleza sem exageros: equilíbrio facial em cirurgias e procedimentos

Médico explica que o segredo é o equilíbrio: componentes faciais devem estar em harmonia

2 dez 2024 - 06h25
Resumo
O equilíbrio nas proporções faciais é essencial para resultados estéticos naturais e harmônicos.
Foto: Reprodução

Nos últimos anos, muitas pessoas notaram que celebridades e influenciadores passaram por procedimentos estéticos que produziram resultados desalinhados, exagerados e artificiais. O que, afinal, pode diferenciar o bom e o mau resultado? Em suma, é o equilíbrio nas proporções faciais.  

“Sem as proporções adequadas, uma área pode impedir que o rosto pareça sincronizado, e é aí que entra o equilíbrio facial. O equilíbrio facial envolve a colocação estratégica de preenchimentos ou injeções de gordura em áreas com deficiência de volume. Não se trata de inundar alguém com preenchimento, mas sim de olhar para seu rosto único e criar um plano personalizado, que também pode ser feito por meio de cirurgias como os facelifts modernos”, explica o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). 

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O tamanho e o formato dos olhos, nariz, lábios e outros componentes faciais devem estar em harmonia entre si, complementar o formato geral do rosto e contribuir para a atratividade geral, segundo o médico. 

“Os lados esquerdo e direito do rosto devem estar equilibrados, o que é um componente importante de um rosto atraente. Um rosto bem equilibrado dá a impressão de beleza natural, sem quaisquer sinais óbvios de procedimentos cosméticos”, diz Paolo.

“Com o uso muitas vezes excessivo de preenchimentos, muitos pacientes agora buscam uma aparência mais equilibrada, com as cirurgias plásticas, para evitar uma aparência excessivamente preenchida.”

Além do tamanho e formato dos componentes faciais, o médico explica que o papel do queixo na harmonia e equilíbrio facial geral é inegável. “O queixo é a base de um lindo vaso, que confere estabilidade e resistência a sua base. Um queixo perfeito não deve se destacar, mas sim fornecer um recurso de bastidores que embeleza outras partes do rosto. Um queixo muito pequeno pode acentuar a flacidez, a papada e a má definição da mandíbula”, diz o médico. 

Por outro lado, o especialista destaca que um queixo muito proeminente pode fazer com que o terço inferior do rosto pareça mais perceptível. “E se o queixo recuar, o nariz pode parecer grande e o rosto parecer desequilibrado”, explica.

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Um nariz muito grande ou caído demais pode desviar a atenção das vistas frontal e de perfil, explica o cirurgião plástico. “De lado, é mais atrativo ter equilíbrio entre a projeção do nariz, lábios e queixo, o que podemos conseguir com a cirurgia”, afirma Paolo.

No caso das bochechas, o preenchimento com gordura para realçá-las pode dar uma aparência mais definida quando falta volume. “Quanto aos olhos, um cirurgião tem muitas ferramentas para esconder olheiras e sombras, o que pode prejudicar o bom equilíbrio facial. Em alguns pacientes, o tratamento dos olhos também requer o tratamento das sobrancelhas, que pode parecer mais simétrico na vista frontal com preenchimentos e neurotoxinas, ou um lifting de sobrancelha”, diz ele.

Existem vários motivos pelos quais um rosto pode parecer desequilibrado. “Pode ocorrer devido a um nariz de tamanho desproporcional, bochechas ou queixo subprojetados, uma testa muito grande ou até mesmo orelhas que podem ficar muito salientes ou muito grandes”, diz Paolo. “Ou, mais comumente, é resultado do envelhecimento natural, onde temos a queda de várias estruturas que conferiam sustentação. Isto pode resultar em assimetrias perceptíveis e uma aparência desequilibrada.”

No caso da desproporção do rosto com o envelhecimento, o médico pontua que, normalmente, os rostos mais jovens parecem mais proporcionais porque, tecidos moles saudáveis e abundantes escondem assimetrias e desarmonias ósseas. “Essa cortina de tecido mole piora com a gravidade e a flacidez, fazendo com que o rosto perca seu equilíbrio juvenil inerente. É impossível parecer mais jovem e reverter o tempo sem abordar o equilíbrio desde o início”, diz o médico.

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Já que existem tantos pormenores, as festas de injetáveis são definitivamente contraindicadas. “A rinoplastia pode melhorar a proporção do nariz, por exemplo, mas em muitos casos essa desproporção é causada pela falta de projeção do queixo. Nesse caso, precisamos de outro procedimento, a mentoplastia de aumento. É necessário entender o que o paciente precisa, mas não necessariamente ele sabe o procedimento certo para atingir seus objetivos”, completa ele.

Como conquistar o equilíbrio?

O primeiro passo é buscar ajuda de um médico de confiança. Tanto os preenchimentos com gordura (lipoenxertia) quanto a cirurgia podem alcançar um melhor equilíbrio facial. 

“Tudo depende dos objetivos e da anatomia do paciente. Diferentes partes do rosto respondem a diferentes tratamentos. Por exemplo, a gordura é frequentemente usada para acentuar as bochechas, o queixo, as têmporas, enquanto a cirurgia é preferida para os olhos, nariz, projeção do queixo ou um rejuvenescimento mais completo. Em última análise, o médico decidirá qual é o melhor com base em fatores como a gravidade do desequilíbrio, bem como a condição do paciente, a resposta aos tratamentos anteriores e os objetivos gerais do tratamento”, finaliza o médico.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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