Em um novo recorde, o Brasil registrou 881 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas e já contabiliza, ao todo, 12.400 vítimas fatais da covid-19, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 12.
O número de casos confirmados da doença no País saltou de 168.331 para 177.589, um acréscimo de 9.258 registros entre ontem e hoje.
Com essa atualização, o Brasil ultrapassou a Alemanha em número total de casos confirmados da covid-19 e se tornou o 7º país no mundo com mais casos da doença, segundo levantamento da universidade Johns Hopkins. O país europeu contabilizava 173.034 casos confirmados da covid-19 até 17h30 desta terça.
Também de acordo com dados do levantamento da universidade Johns Hopkins atualizados até 17h30, o Brasil é o sexto na lista de países com mais mortes em função do novo coronavírus, e fica atrás apenas de Estados Unidos (81.805), Reino Unido (32.769), Itália (30.911), França (26.994) e Espanha (26.744).
Puxada por Brasil e Estados Unidos, a região das Américas superou a Europa em número de casos de covid-19, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto o continente americano já somava, no início do dia, 1,74 milhão de casos, o velho continente contabilizava 1,73 milhão.
Para conter a rapidez do avanço do vírus, evitar a sobrecarga do sistema de saúde e poupar vidas, especialistas e autoridades sanitárias recomendam o isolamento social.
Uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o Instituto MDA divulgada hoje mostra que a maior parte da população brasileira aprova as medidas de isolamento social e defende que elas sejam praticadas por todos, mesmo por aqueles que não estão no grupo de risco para o novo coronavírus.
A pesquisa indica ainda que o governo Jair Bolsonaro perdeu apoio em meio à pandemia. O percentual daqueles que avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu de 31% para 43,4% entre janeiro e maio.
Contrariando autoridades sanitárias, o presidente tem insistido em discursos de flexibilização das medidas de isolamento social. Ontem, sem consultar o ministro da Saúde Nelson Teich, Bolsonaro incluiu academias e salões de beleza na lista de serviços essenciais.