O Ministério da Saúde confirmou neste domingo, 22, que o País já tem 25 mortes causadas pelo novo coronavírus. De acordo com a pasta, são 1.546 casos confirmados da doença.
Durante coletiva de imprensa na tarde deste domingo, 22, o Ministério da Saúde divulgou o novo balanço do coronavírus no Brasil, que por região e Estado fica assim:
NORTE
49 casos - 3.2% do total
Acre: 11
Amazonas: 26
Amapá: 1
Pará: 4
Rondônia: 3
Roraima: 2
Tocantins: 2
NORDESTE
231 casos - 14.9%
Alagoas: 7
Bahia: 49
Ceará: 112
Maranhão: 12
Paraíba: 1
Pernambuco: 37
Rio Grande do Norte: 9
Sergipe: 10
SUDESTE
916 - 59.9%
Espírito Santo: 26
Minas Gerais: 83
Rio de Janeiro: 186 - 3 óbitos
São Paulo: 631 - 22 óbtios
CENTRO-OESTE
161 casos - 10.4%
Distrito Federal: 117
Goiás: 21
Mato Grosso do Sul: 21
Mato Grosso: 2
SUL
169 - 11.6 %
Paraná: 50
Santa Catarina: 57
Rio Grande do Sul: 72
Durante a coletiva, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que os mais de 5 milhões de testes rápidos encomendados pelo governo para os próximos oito dias virão de uma fabricante chinesa e apresentam sensibilidade de 86,43% e especificade de 99,5%.
A expectativa é que a pasta trabalhe com uma escala de 30 a 50 mil exames por dia e obtenha máquinas de coleta automatizadas, sem necessidade humana para as amostras.
Ele também esclareceu que o vírus não sobreviver ao calor era uma possibilidade, até que informações oficiais da China e da OMS mostraram que "ele não respeita muito a temperatura" e "se mostra muito competente em sua transmissão".
Ainda de acordo com o ministro, no próximo dia 27 será o "aniversário" de um mês do primeiro caso identificado no Brasil, o que garantirá mais quantidade de projeção sobre a doença no País, apesar de Mandetta acreditar que "todos os estados estão com algum tipo de expansão".
Ele ainda desmentiu que tenha mandado qualquer áudio que tenha circulado pelo WhatsApp, classificando tais mensagens como fake news e declarando: "Os doentios das fake news gostam de se travestir de alguém".
O ministro afirma que há duas empresas no Brasil, MagnaMed e KTK, capazes de fabricar respiradores. "Ainda temos um pessoal trabalhando para pensar solução fora da caixinha", disse, após completar que há pesquisas e parcerias com o setor privado sendo feitas.
Sobre o uso da cloroquina no combate ao coronavírus, o ministro afirma que ainda não sabe se ele é eficiente contra a doença. "Já tínhamos pesquisas acontecendo, mas em número reduzido." De acordo com ele, o Brasil tem "condição total" de produzir esse medicamento em grande escala, em instituições como FioCruz e Hospital do Exército, podendo até distribuir para outros países. Ele diz que o que está sendo debatido pelo momento é o protocolo de dosagem.
Ele reforça que a cloroquina tem "possíveis efeitos colaterais intensos que podem ser muito mais graves e danosos do que uma gripe que quase metade da população não vai pegar". Ele diz ainda que a virose não será contraída por metade da população e, da que contrair, metade não terá sintoma por desenvolver anticorpos. "Temos uma base jovem enosso comprotamento será melhor contra o vírus, teremos um grande cordão imunológico com menos casos graves."
De acordo com Mandetta, a maioria dos pacientes que apresentarem sintomas terão sintomas leves. "Depois, uma minoria irá necessitar de internação hospitalar. Se isso acontecesse distribuído no ano não teríamos problema nenhum, seria mais um resfriado, uma gripe forte, uma pneumonia que afeta nossos idosos e vamos solucionar quando tivermos uma vacina competente. Como ninguém tem imunidade, vai acontecer de maneira bruta e levar muita gente ao SUS. É como ter uma geladeira em casa e todo o quarteirão precisar guardar algo nela."
Para Mandetta, o SUS está mostrando a sua verdadeira capilaridade. "O número de leitos vai aparecendo, aumentando. E nós vamos monitorando", afirma.
Ele comunica ainda que a partir desta segunda-feira, 23, começa a campanha de vacinação com foco em profissionais de saúde e pessoas acima de 60 anos, como forma de evitar casos graves no futuro.