A família de Claudia Albuquerque, internada em Denver devido a uma infecção por botulismo, abriu uma vaquinha para custear a UTI aérea de volta para o Brasil. Os gastos com a internação já ultrapassaram R$ 10 milhões.
A família de Claudia Albuquerque Celada, de 23 anos, já conseguiu arrecadar mais de R$ 200 mil em uma vaquinha criada há uma semana para ajudar a brasileira, que está internada em Denver, no Colorado (EUA), devido a uma infecção por botulismo.
A meta é arrecadar R$ 1 milhão para custear uma UTI aérea de volta para o Brasil. Claudia está internada há mais de 50 dias, e seu seguro de saúde nos EUA, que não oferece sistema público na área, já está esgotado.
Mas os gastos da família devem passar e muito a meta da vaquinha. De acordo com Luísa Albuquerque, irmã de Claudia, os gastos com a internação da brasileira já passam de US$ 2 milhões de dólares (mais de R$ 10 milhões). Claudia tem sido acompanhada por fisioterapeutas e fonoaudiólogos. A diária no hospital onde ela está custa em média US$ 10 mil.
A jovem fazia um intercâmbio de trabalho em Aspen, no Colorado, quando, no dia 17 de fevereiro, começou a sentir tontura, visão dupla e falta de ar. Em 24 horas ela estava com todos os músculos do corpo paralisados, respirando apenas por aparelhos.
“Quase 2 meses depois, a Cacau ainda permanece internada nos EUA, longe de toda a nossa família, no país com a saúde mais cara do mundo (cada dia de internação custa em média 10 mil dólares). O seguro viagem que ela tinha [de US$ 100 mil] já acabou há muito tempo, e as contas do hospital só estão aumentando”, escreveu a irmã da brasileira em seu perfil no Instagram.
De acordo com a família de Claudia, ela já apresenta sinais de melhora e pode voltar para o Brasil. “Sei que é um valor muito absurdo, mas qualquer quantia doada nos deixa um pouquinho mais perto de acabar com esse pesadelo que estamos vivendo, ao menos para nos mantermos com ela enquanto a transferência não acontece”, concluiu Luísa.
Botulismo
Em entrevista ao Terra, o infectologista do Fleury Medicina e Saúde, Matias Chiarastelli Salomão, conta que o botulismo é uma condição rara, mas potencialmente grave, causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Ele é suspeitado com base nos sintomas, na avaliação neurológica e na história alimentar ou de ferimento recente.
O infectologista explica que o botulismo é geralmente adquirido pela ingestão de alimentos contaminados, como conservas caseiras, onde esporos bacterianos liberam a toxina. A família ainda não sabe como Claudia adquiriu a bactéria.