Um brasileiro que nasceu com cabeça virada pra trás é alvo de uma pesquisa internacional sobre a habilidade humana de lidar com rostos verticais ou invertidos, feita pela Universidade Dartmouth College, nos Estados Unidos.
Claudio Vieira nasceu com Artrogripose Múltipla Congênita (AMC), condição que fez com que ele tivesse a cabeça virada para trás, a 180°, e que o órgão fosse sustentado pelas costas.
Morador de Monte Santo, no interior da Bahia, ao nascer o brasileiro ouviu que teria apenas 24 horas de vida. Além disso, também nasceu com as pernas atrofiadas e os braços colados ao peito... mal sabia Claudio que, no futuro, ele seria alvo e tema de pesquisas internacionais.
“Quase todo mundo tem muito mais experiência com rostos verticais, por isso não é fácil separar a experiência para rostos verticais em participantes típicos”, diz o principal autor do estudo e psicólogo da Dartmouth College, Brad Duchaine.
A ideia do estudo é descobrir se a razão para termos mais capacidade de processar rostos na vertical é uma condição evolutiva ou se é simplesmente pelo fato de interagirmos mais com pessoas com rosto na vertical do que na horizontal.
Na pesquisa, Claudio obteve resultados semelhantes tanto ao interagir com rostos na vertical quanto na horizontal. Os cientistas já afirmaram que é necessário fazer mais análises para compreender a diferença entre os rostos.