No universo fitness, é comum - especialmente para os novatos - que você se depare com alguns nomes bastante diferentes e que, por enquanto, parecem não fazer muito sentido. É o caso do bulking e cutting.
Estes são os nomes dados a duas diferentes estratégias, sendo uma para ganhar massa muscular e outra para focar na redução do peso.
O que é bulking e cutting?
De acordo com Ana Luisa Vilela, médica nutróloga e especialista em emagrecimento, as duas palavras são derivadas de nomes em inglês que, em tradução, indicam a função de cada uma. Ela explica:
Bulking
É um termo derivado do inglês "bulk", que significa "volume" ou "massa" e faz menção ao processo de ganho de massa muscular através da alimentação por excedente calórico controlado e um programa de treinamento específico.
Cutting
É derivado do inglês "cut", que significa "cortar". Portanto, se refere ao processo de redução do peso, especialmente de gordura corporal, também feito através da alimentação - ou seja, o contrário do bulking. Aqui, no entanto, o foco está em reduzir o percentual de gordura corporal, mantendo a massa muscular conquistada durante o bulking.
Como usá-las?
A nutróloga explica que, apesar dessas estratégias serem mais comuns em atletas, estão sendo cada vez mais utilizadas e benéficas para praticantes de exercícios físicos em geral, uma vez que elas ajustam a composição corporal de acordo com seus objetivos específicos - seja ganho de massa muscular ou redução de gordura.
"No bulking há um superávit calórico no qual o paciente ingere mais calorias do que são gastas durante o dia para promover o ganho de massa muscular. Além disso, apesar do consumo de proteína ser peça fundamental, é preciso ainda haver a ingestão de outros nutrientes importantes para o processo, como carboidratos complexos, gorduras boas, fibras, vitaminas e minerais, e intensificar o treino de força com progressão de carga para estimular a hipertrofia muscular", ela aponta.
"Já no cutting, o foco é a perda de gordura e a manutenção da massa muscular. Para isso, é preciso reduzir a quantidade de calorias ingeridas na alimentação para que seja consumida menos energia do que é gasto ao longo do dia, além de manter os treinos para preservar a massa muscular", completa.
Por fim, a profissional ressalta que apesar de muitas pessoas adotarem as estratégias sozinhas, o ideal é buscar a ajuda de um especialista que possa adequá-las de forma individualizada para cada um. "Seja qual for o objetivo de quem adere a qualquer uma das estratégias, é preciso que sejam feitas de maneira personalizada e acompanhada", conclui.