Segundo o ortopedista Acássio Barreto (CRM-RJ 52.90070-2 e RQE 4568), a bursite é uma inflamação das bursas, que são pequenas bolsas cheias de líquido que atuam como amortecedores entre ossos, músculos e tendões nas articulações. Essas estruturas têm a função essencial de reduzir o atrito e facilitar o movimento suave das articulações. Quando ocorre uma inflamação, a área afetada se torna dolorosa, limitando os movimentos.
O presidente Lula, por exemplo, já se queixou de dores provocadas pela bursite tanto no ombro quanto no joelho. De acordo com o médico, embora o problema ocorra em diversas articulações, como joelhos, quadris, cotovelos e tornozelos, os ombros são os mais atingidos. Ele explica que isso acontece porque o ombro é uma articulação com grande amplitude de movimento, sendo constantemente utilizada em atividades do dia a dia. "Movimentos repetitivos ou sobrecarga dessa articulação, como em atividades físicas intensas ou no trabalho, acabam favorecendo a inflamação das bursas na região", aponta.
Causas e sintomas
Acássio ressalta que as causas da bursite são diversas e incluem movimentos repetitivos, sobrecarga nas articulações, lesões traumáticas e até mesmo condições como artrite reumatoide. Entre os sintomas mais comuns, estão dor localizada, inchaço e dificuldade de movimentar a articulação afetada. No caso do ombro, por exemplo, muitos pacientes relatam dificuldade para levantar o braço ou realizar tarefas simples, como vestir uma camisa ou soltar o sutiã.
Prevenção e tratamento
O especialista lembra que para evitar a bursite, as pessoas podem adotar algumas medidas preventivas. Ele destaca que é primordial evitar movimentos repetitivos que sobrecarregam as articulações. Se isso não for possível, como em casos de atividades profissionais, é importante fazer pausas regulares e fortalecer os músculos ao redor da articulação com exercícios específicos.
Quando a bursite já está instalada, o tratamento varia conforme a gravidade do caso. Em situações mais leves, o repouso da articulação e o uso de anti-inflamatórios podem ser suficientes. Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer à fisioterapia ou, em situações extremas, a procedimentos como infiltrações com corticoides ou até cirurgia. "O diagnóstico precoce e a adesão do paciente ao tratamento proposto são fundamentais para o sucesso do tratamento", salienta Acássio.
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