Caminhar mais pode te dar até 11 anos a mais de vida, diz estudo; confira como

Um dos dados mais surpreendentes da pesquisa, segundo os autores, é o enorme salto de expectativa de vida que as pessoas inativas podem ganhar

22 dez 2024 - 09h11
(atualizado às 13h19)
Caminhada com bastões
Caminhada com bastões
Foto: ola_p/iStock

Cada pessoa tem uma relação diferente com os exercícios. Talvez você seja viciado em exercícios físicos, vá a academia cinco dias por semana ou esteja treinando para uma maratona para superar os limites do seu corpo. Mas, para a maioria das pessoas, a atividade física fica em segundo plano em relação a todo o resto que acontece na vida.

Se você é uma das muitas pessoas que atualmente não atingem as recomendações mínimas de exercícios - 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana -, então você pode estar perdendo ganhos substanciais em longevidade e saúde, de acordo com um novo estudo publicado no British Journal of Sports Medicine.

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Os pesquisadores analisaram dados de mortalidade de 2017 do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do CDC. Foram incluídos mais de 36 mil americanos com mais de 40 anos de idade, cujos níveis de atividade física foram baseados em dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Exame Nutricional de 2003 a 2006. Os cientistas examinaram o quanto a atividade física reduziu ou aumentou a expectativa de vida.

Grandes ganhos para os menos ativos

Talvez esteja na hora de começar a se exercitar mais se você se encontra no grupo dos menos ativos: "As pessoas que atualmente estão inativas são as que mais podem ganhar", afirmou Veerman à Fortune. Uma única hora adicional de caminhada pode dar a essas pessoas seis horas a mais de vida, acrescenta ele.

Embora esse grupo inativo apareça no estudo com 50 minutos de caminhada diária, esse número provavelmente vem dos movimentos cotidianos, o que significa que eles não fazem nenhuma atividade física de intensidade moderada ou vigorosa além das atividades básicas da vida diária, que são importantes para a saúde geral.

Você tem muito a perder por ser inativo, diz Veerman. Se as pessoas com 40 anos ou mais fossem tão inativas quanto os 25% menos ativos da população, haveria uma perda de 5,8 anos na expectativa de vida.

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Qualquer movimento a mais já faz bem

Até mesmo subir um nível de atividade pode trazer benefícios significativos. Para os menos ativos, passar para o segundo grupo trouxe ganhos na expectativa de vida de 0,6 anos, enquanto passar para o terceiro grupo acrescentou 3,5 anos.

Quanto aos mais ativos, é provável que eles já tenham maximizado os ganhos de longevidade, diz Veerman.

As Diretrizes de Atividade Física para Americanos enfatizam a importância do exercício para o bem-estar geral, não apenas para as vantagens da longevidade. Os exercícios comprovadamente ajudam as pessoas a dormir melhor, a realizar tarefas diárias com mais facilidade e a melhorar a função física e cognitiva, a saúde mental e os níveis de energia, afirma o DHHS.

O DHHS enfatiza a importância de fazer exercícios de intensidade moderada e vigorosa diariamente. Isso pode ser difícil se você mora em lugares que dependem de carro e ainda não tem uma rotina de exercícios, ressalta Veerman. Mas cada esforço conta, diz ele.

Aqui estão algumas maneiras de incorporar mais movimento ao seu dia - ou o que Veerman chama de "atividade física incidental":

  • Vá pelas escadas sempre que possível.
  • Tente optar pelo transporte público, para que possa ir e voltar a pé das estações de ônibus ou metrô.
  • Use uma mesa de trabalho móvel, para alternar entre ficar em pé e sentado.
  • Caminhe até a geladeira, a impressora, o banheiro ou para tomar café no trabalho.
  • "Tente encontrar as pequenas coisas que você possa fazer e que não exijam muito esforço", diz Veerman. "Pequenas coisas podem fazer uma grande diferença ao longo dos anos". / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU
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