Câncer de testículo: veja os sintomas e opções de tratamento

Diferente dos outros tumores urológicos, o câncer de testículo costuma atingir principalmente homens mais jovens. Veja os sintomas

1 abr 2024 - 15h03

Estamos no Abril Lilás, mês de conscientização sobre o câncer de testículo, doença que afeta homens sobretudo entre os 15 e 35 anos. A doença é considerada rara, e possui menos de 150 mil casos por ano no Brasil. Ainda assim, é importante divulgar informações sobre os sinais e sintomas para um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.

Câncer de testículo: veja os sintomas e opções de tratamento
Câncer de testículo: veja os sintomas e opções de tratamento
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Segundo o médico uro-oncologista Dr. André Berger, ao contrário dos outros tumores urológicos que costumam surgir com o avançar da idade, esse acontece preferencialmente no jovem, tornando-o ainda mais impactante. 

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"Não há uma causa definida, mas podemos elencar fatores de risco que incluem história familiar de câncer testicular, criptorquidia (testículo não descido), radiação por tratamento ou por ocupação e algumas condições genéticas, como síndrome de Klinefelter", explica André. 

Sintomas do câncer de testículo

Os sinais e sintomas do câncer de testículo podem variar de pessoa para pessoa, e alguns homens com a neoplasia podem não apresentar sintomas nos estágios iniciais da doença. No entanto, quando os sinais estão presentes, eles podem incluir:

  • Caroço ou inchaço em um dos testículos, mesmo sem dor;
  • Alterações na textura dos testículos (um testículo ficar mais firme ou irregular);
  • Desconforto na parte baixa da barriga ou costas;
  • Fraqueza, tosse e falta de ar.

É importante notar que outros problemas de saúde, como infecções ou lesões, também podem causar sintomas semelhantes aos do câncer testicular. Por isso, ao notar qualquer um desses sintomas, é essencial consultar um médico para receber um diagnóstico e tratamento oportuno. 

Vale destacar ainda que o diagnóstico precoce do câncer testicular leva geralmente a melhores resultados de tratamento.

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Diagnóstico e importância do autoexame 

O uro-oncologista destaca que o autoexame é extremamente importante para identificar o câncer de testículo. "O autoexame dos testículos é fundamental para detectar possíveis anormalidades precocemente. Não há uma recomendação universal sobre a frequência do autoexame, mas o ideal é fazê-lo mensalmente", diz o médico. 

Segundo ele, durante o autoexame, os homens devem procurar por alterações no tamanho, forma ou consistência dos testículos, assim como caroços, inchaços ou dor.

Tratamento

Felizmente, ainda segundo o especialista, a doença tem uma taxa de cura de mais de 90%, especialmente quando diagnosticado precocemente. O tratamento geralmente envolve cirurgia, que seria a orquiectomia radical (remoção do testículo afetado), e em raras situações a orquiectomia parcial, com preservação de parte do testículo com o tumor.

"Além disso, podem ser necessários tratamentos adicionais como quimioterapia, radioterapia, linfadenectomia retroperitoneal (retirada de gânglios linfáticos) dependendo do estágio do câncer e de outros fatores individuais", afirma ele. 

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Nos casos onde a linfadenectomia retroperitonial é necessária, a cirurgia robótica pode ser aliada importante. Ela é feita com cortes pequenos, causa pouco sangramento, tem recuperação rápida e maior preservação da ejaculação e fertilidade natural.

Benefícios do tratamento com cirurgia robótica

Ainda sobre a cirurgia robótica, o médico uro-oncologista destaca seus principais benefícios. Confira:

  • Precisão e destreza aprimoradas: o sistema robótico oferece ao cirurgião maior precisão e controle durante o procedimento, permitindo manobras delicadas em espaços confinados com mais facilidade do que a cirurgia convencional;
  • Menor trauma cirúrgico: como a cirurgia robótica é minimamente invasiva, requer incisões menores e causa menos danos. Isso resulta em menos dor pós-operatória, menor perda de sangue e uma recuperação mais rápida para o paciente;
  • Melhor visualização: o sistema robótico proporciona uma visão tridimensional e ampliada do campo cirúrgico, permitindo ao cirurgião identificar com precisão as estruturas anatômicas e manipulá-las com maior segurança;
  • Recuperação mais rápida: devido ao menor trauma cirúrgico e à abordagem minimamente invasiva, os pacientes submetidos à cirurgia robótica geralmente experimentam uma recuperação mais rápida e podem retornar às suas atividades normais mais cedo do que aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos mais invasivos.
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