Cansaço foi sinal para mulher de 33 anos descobrir câncer no cérebro

Após episódios constantes de cansaço extremo, britânica sofreu uma convulsão e, no hospital, descobriu que tinha um tumor cerebral maligno.

15 mar 2024 - 12h57
(atualizado às 13h03)

Jessica Zentilin-Dorey, de 33 anos, não imaginava que seria diagnosticada com astrocitoma grau 4, um tipo grave de câncer do cérebro, em meio a um turbilhão de novidades que aconteciam em sua vida. O ano era 2022. A britânica, integrante da marinha inglesa, estava treinando para uma tradicional competição de tiro, quando passou a sentir episódios de fadiga. Inicialmente ela achou que o cansaço estava relacionado ao calor da época e o esforço nos treinos. 

Mulher descobre câncer no cérebro, após repetidos episódios de cansaço
Mulher descobre câncer no cérebro, após repetidos episódios de cansaço
Foto: Brain Tumor Research

A inglesa estava recém casada, quando um dia antes da prova de tiro, convulsionou por oito minutos, no chão da cozinha. "Só me lembro de acordar no chão da cozinha, minha esposa inclinada sobre mim e chamando meu nome, sem nenhuma lembrança do que havia acontecido", contou ao Brain Tumor Research, uma instituição inglesa de pesquisa sobre tumores cerebrais. 

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Com sua fala estranha e um olhar vago, segundo sua esposa, Jess foi levada a um hospital, onde teve a confirmação de um tumor no cérebro. "Por volta das 22h00, os resultados chegaram e o médico disse: 'não há uma maneira fácil de lhe dizer isso, mas encontramos uma lesão em seu cérebro e provavelmente é maligna. Esta é uma descoberta que altera a vida'", disse. 

Menos de três semanas depois, a britânica passou por uma craniotomia – cirurgia em que parte do osso do cérebro é retirada, para acessar o órgão. A operação foi um sucesso. Os médicos afirmaram que 99% do tumor havia sido retirado. 

Mas após a cirurgia, Jessica teve acesso a mais informações sobre o tipo de câncer que estava em seu corpo, em um nível grave. O astrocitoma é um tumor que se desenvolve a partir de células cerebrais chamadas astrócitos, que danifica o DNA, de maneira que as células não morrem quando deveriam. Esse tipo de tumor não se espalha por outras partes do corpo, porque as células são encontradas apenas no cérebro e na medula espinhal.

A britânica conta que saiu desolada, imaginando que sua expectativa de vida seria menor, mas optou pelo caminho da resiliência. Em meio às sessões de quimioterapia, radioterapia, e tratamento com esteroides, para evitar novas convulsões, Jessica buscava informações sobre sua condição e mudava seu estilo de vida.

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 "Ainda há muito que não sabemos sobre tumores cerebrais"

"Eu sabia que não queria viver o resto da minha vida em contagem regressiva, então canalizei minha energia para partes da minha vida que eu pudesse controlar. Fiz mudanças no estilo de vida, como cortar o álcool e seguir uma dieta baseada em plantas", conta. 

Atualmente o tratamento da paciente tem sido um sucesso. Jessica está focada em competições de corrida com sua esposa, mas principalmente em ajudar instituições focadas no tratamento de câncer. Ela diz que sabe que ainda tem uma jornada longa pela frente, mas seu objetivo agora é ajudar a conscientizar outras pessoas sobre a doença. 

"Ainda há muito que não sabemos sobre tumores cerebrais. Se quisermos encontrar tratamentos melhores e uma cura para a doença, temos de falar sobre tumores cerebrais para que as pessoas reconheçam que há um subfinanciamento histórico, em comparação com outros canceres".

Fonte: Redação Terra Você
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