Casos de diabetes triplicaram nas Américas em 30 anos, aponta OPAS

Organização Pan-Americana de Saúde estima que 62 milhões de pessoas têm diabetes hoje, mas o número deve ultrapassar os 109 milhões em 2040

19 nov 2022 - 17h07
(atualizado em 21/11/2022 às 13h33)
Casos de diabetes triplicaram nas Américas em 30 anos, aponta OPAS
Casos de diabetes triplicaram nas Américas em 30 anos, aponta OPAS
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Os casos de diabetes triplicaram nas Américas nos últimos 30 anos, aponta relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Segundo o órgão, ao menos 62 milhões de pessoas adultas vivem com a doença no continente. Esse número que pode ser ainda maior na realidade, pois 40% não sabem que são diabéticos.

A OPAS também aponta que o total pode chegar a 109 milhões em 2040, devido às tendências atuais de crescimento da obesidade, má alimentação e falta de atividade física. Um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) já revelou que o sedentarismo está associado ao crescimento dos casos de diabetes durante a pandemia de covid-19.

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Aumento nos casos de diabetes é um sinal de alerta

Conforme o relatório da OPAS, o aumento de casos de diabetes ao longo de três décadas está ligado ao aumento nos fatores de risco. Dois terços dos adultos nas Américas estão com sobrepeso ou obesos, e apenas 60% fazem exercícios suficientes. Além disso, mais de 30% dos jovens da região são considerados obesos ou estão com sobrepeso, quase o dobro da média global. A organização destaca que esses números apontam uma "tendência alarmante".

"Essas altas taxas de diabetes destacam a necessidade urgente de os países se concentrarem na prevenção e na promoção de estilos de vida saudáveis. Ao mesmo tempo, é crucial garantir o diagnóstico precoce e o bom gerenciamento da doença, que são fundamentais para controlar a diabetes e prevenir deficiências e problemas de saúde relacionados", afirmou o diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS, Anselm Hennis.

A organização pede no relatório que os países melhorem o diagnóstico precoce, e aumentem o acesso a cuidados de qualidade para o controle da diabetes, incluindo medicamentos essenciais, como insulina e dispositivos de monitoramento de glicose, por exemplo. Além disso, é imprescindível desenvolver estratégias para promover estilos de vida saudáveis e nutrição.

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