O número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, o Covid-19, no Brasil aumentou nas últimas 24 horas de 182 para 207 neste sábado, 29. O País já tem dois casos confirmados da doença, ambos em São Paulo.
O Estado de São Paulo concentra quase a metade dos casos em investigação, são 91. O número de suspeitas de coronavírus no Estado cresceu 37% desde a sexta-feira, 28, quando havia 66 notificações.
Ainda segundo os dados do ministério, 79 casos já foram descartados.
Depois de São Paulo, o Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de casos suspeitos, 27 - mas o número se manteve estável nas últimas 24 horas. Em seguida, o Rio de Janeiro (19) e Minas Gerais (17). O ministério destacou que os casos suspeitos do novo coronavírus só passarão a ser classificados dessa forma se a pessoa monitorada tiver febre, um sintoma a mais (como tosse e dificuldade respiratória) e ter viajado para um dos 16 países em alerta nos últimos 14 dias.
Na tarde deste sábado, o Ministério da Saúde informou que seguirá um novo fluxo de consolidação dos dados relativos aos casos de coronavírus no País, adotando integralmente os dados repassados pelas secretarias estaduais. Assim, haverá uma descentralização da consolidação dos casos, com o objetivo de dar agilidade de resposta à doença.
Antes, as notificações feitas pelos Estados eram reanalisadas pela equipe do Ministério da Saúde. Esses ajustes no novo fluxo dos dados estão sendo feitos neste final de semana, por isso, as informações sobre os casos de coronavírus voltarão a ser atualizadas diariamente somente na segunda-feira, 2.
"A partir de agora as secretarias estaduais ficarão responsáveis por fazer a análise dos seus casos. Depois enviarão os dados mais refinados para o Ministério da Saúde", explicou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, na nota.
Preocupação
Apesar do segundo caso confirmado e do aumento de casos suspeitos no Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que ainda "não há evidências de circulação de vírus em território nacional" e que não há motivo para alarde.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que não causa "desespero" a situação do novo coronavírus no Brasil. "Não, não. Longe disso". O governo federal afirma que o sistema de saúde nacional está preparado para atender a população, colher amostras e identificar o vírus.