Cigarro entope mesmo as veias, como sugeriu Ana Maria Braga?

Apresentadora abandonou o hábito de décadas após passar por um susto; médica explica relação entre tabagismo e doenças cardiovasculares

3 mai 2024 - 14h28

Ex-fumante, Ana Maria Braga revelou em participação ao programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, que chegou a ter as veias entupidas por causa do vício em cigarro. A apresentadora decidiu abandonar o vício em 2023 após o susto.

Foto: Reprodução/Youtube/Canal GNT

“Eu estava com as veias entupidas. Tudo por causa do cigarro. Coloquei três stents nas duas pernas e depois de oito meses um deles entupiu e eu ainda não tinha parado de fumar (...). Voltei lá em novembro do ano passado, desentupiu, trocou. Depois desse entupimento eu falei que nunca mais”, disse Ana Maria.

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Em entrevista ao Terra, a médica pneumologista da Saúde no Lar, Michelle Andreata, conta que o tabagismo é reconhecido como um dos principais fatores de risco modificáveis para doenças cardiovasculares. A relação entre o cigarro e o entupimento das veias - ou vasos sanguíneos - envolve diversos mecanismos patológicos.

“O cigarro contém substâncias tóxicas que causam danos ao endotélio, a camada interna das artérias. Isso resulta na sua disfunção e ele perde a capacidade de regular a vasodilatação, a coagulação e os processos inflamatórios de forma adequada”, explica a especialista. 

A médica diz que quando isso ocorre, pode haver piora da aterosclerose, onde placas de gordura, cálcio, e outros elementos se formam nas paredes arteriais, levando a obstruções. 

Além disso, o tabagismo aumenta substancialmente o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), doença arterial periférica e aneurisma da aorta. 

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Pessoas fumantes também têm maior risco de trombose, uma condição em que coágulos sanguíneos se formam em veias ou artérias. Isso pode gerar bloqueios que limitam a circulação sanguínea e aumentam o risco de eventos vasculares graves.

Quando um paciente para de fumar, como fez a apresentadora, benefícios significativos e quase imediatos ao sistema cardiovascular e saúde em geral são conquistados. 

De acordo com a pneumologista, dentro de 20 minutos após o último cigarro, a pressão sanguínea e a frequência cardíaca começam a retornar aos níveis normais. Com o passar de semanas a meses, a função endotelial começa a melhorar, reduzindo o risco de aterosclerose e melhorando a circulação do sangue. 

“À medida que o tempo passa, o risco de desenvolver doenças cardiovasculares diminui para níveis comparáveis aos de não fumantes, especialmente se a cessação ocorrer antes de surgirem danos cardiovasculares significativos”, conclui a especialista.

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Fonte: Redação Terra Você
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