Circuncisão também reduz risco de Aids nas mulheres

25 jul 2014 - 15h29

A circuncisão também reduz o risco de as mulheres virem a contrair Aids, segundo um estudo apresentado nesta sexta-feira na Conferência Internacional sobre a epidemia, em Melbourne, Austrália.

De acordo com o estudo feito com uma comunidade sul-africana onde havia muito homens circuncidados, as mulheres que mantiveram relações sexuais apenas com esse grupo tiveram cerca de 15% menos chances de serem contaminadas em comparação com as mulheres com companheiros não circuncisos.

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"A redução do risco é pequena, mas é um começo", declarou um dos autores do estudo, Kevin Jean, da Agência Nacional de Pesquisas sobre a Aids francesa (ANRS).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a circuncisão para homens dos 14 países da África Subsaariana com os maiores níveis de infecção.

Vários estudos demonstraram que a circuncisão reduzia nos homens entre 50% e 60% dos riscos de contaminação.

A pesquisa da ANRS se concentrou em 2.452 mulheres com idades entre os 15 e os 20 anos que moram em Orange Farm (África do Sul), fazendo entrevistas e exames de sangue em 2007, 2010 e 2012.

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O percentual de homens circuncidados aumentou de 12% para 53% durante o período do estudo.

Mais de 30% das mulheres informaram ter mantido relações só com homens circuncidados e 17,8% delas foram infectadas com o vírus da Aids, enquanto no outro grupo de mulheres, a taxa de contágio foi de 30,4%.

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