Cesar Cavalcante descreve a si mesmo como um homem saudável. Se alimenta bem, se exercita, não possui vícios. Ainda assim, foi acometido com o diagnóstico de câncer no estômago no início deste ano.
O repórter da Band relata que sentiu o impacto da doença inesperada, aos 29 anos. "O diagnóstico foi o pior dia da minha vida, imaginar tudo que eu poderia perder", disse Cavalcante em uma série de reportagens especiais sobre a doença.
Para não padecer, buscou cuidar do corpo, da mente e se manter ativo. O jornalista não deixou de trabalhar e fez do seu ofício parte da jornada de cura — Cavalcante documentou todo o seu ciclo de quimioterapias, enquanto registrava outras histórias e apurava novidades sobre o tratamento para a série “Câncer - Virei paciente”, exibida pelo Jornal da Band na semana passada.
"Como um lutador golpeado, entendi que precisava encontrar forças", ressaltou. "Desde o começo, quando eu descobri a doença e pouca gente sabia, eu quis continuar trabalhando, com orientação, claro, dos médicos, inclusive com estímulo pra manter minha mente ativa".
Diagnóstico precoce e tratamento de sucesso
Ao longo dessa jornada, ele percebeu que ainda há muito tabu em torno da doença e entendeu o quanto isso prejudicava o diagnóstico precoce. Mas não foi seu caso.
Atento à própria saúde, Cavalcante descobriu o problema no estágio inicial. Seu médico conta que ele sentiu uma espécie de queimação no estômago e prontamente pediu uma endoscopia, o que revelou o tumor. O jornalista estava com um adenocarcinoma de estômago, tipo de câncer mais comum no local.
Após os ciclos de quimioterapia, ele ainda não pode dizer que está curado — isso leva cinco anos de acompanhamento. Porém, mesmo que mais magro e ainda sem cabelo, não há mais sinais do tumor no seu corpo. "Por enquanto, a palavra é remissão. Significa que não há mais sinais da doença, continuo minha caminhada transformado".