Com que frequência tomar remédio para verme? Veja

Infectologista analisa as indicações e a existência de uma frequência ideal para se medicar com remédio para verme a fim de evitar infecções

31 jul 2024 - 15h52

Ainda que a automedicação não seja indicada, muitos se perguntam qual a frequência ideal para tomar remédio para vermes com o objetivo de prevenir essas infecções. No entanto, parece não haver uma regra exata universal para essa medicação.

Com que frequência tomar remédio para verme? Veja
Com que frequência tomar remédio para verme? Veja
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Em primeiro lugar, o infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Filipe Piastrelli, destaca que não é verdade que todos precisamos tomar vermífugo periodicamente. "Esta é uma questão que deve ser, como quase tudo nos cuidados de saúde, individualizada", afirma. 

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Segundo o especialista, essa prática era comum antigamente, época em que tínhamos piores condições sanitárias e, portanto, a prevalência de verminoses era muito alta. 

No entanto, em grandes cidades, em áreas com saneamento básico adequado e a depender das práticas de alimentação e cuidados gerais da pessoa, o uso de medicamentos antiparasitários não é indicado de forma regular. Isso porque ele não traz benefícios, podendo se associar a eventos adversos, adverte o médico.

Em áreas endêmicas, ou seja, com grande transmissão de vermes e outros parasitas, é possível considerar esta prática. "Mas sempre com avaliação e acompanhamento médico", destaca Filipe.

Indicação correta para vermífugos

Vale lembrar que durante a pandemia de covid-19 houve uma disseminação de informações incorretas sobre o uso de vermífugos. Foi o caso da a ivermectina no combate ao vírus SARS-CoV-2. No entanto, estudos científicos rigorosos demonstraram que esses medicamentos não são eficazes contra a covid-19, salienta o infectologista.

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"Os vermífugos combatem parasitas e não vírus. A prescrição inadequada de vermífugos pode levar a efeitos colaterais desnecessários e aumentar o risco de resistência aos medicamentos. Além disso, o uso indiscriminado desses remédios pode desviar a atenção de tratamentos comprovadamente eficazes e causar uma falsa sensação de segurança", conclui o profissional.

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