Como combater de forma eficiente o envelhecimento das mãos

Mãos são grandes delatoras do envelhecimento e podem apresentar ressecamento, manchas e veias aparentes. Saiba como tratar

7 jul 2023 - 06h11
Foto: Adobe Stock

Os mais belos anéis e joias para os dedos podem evidenciar a pele de uma região que, geralmente, passa despercebida nos cuidados diários. Em geral, não se usa protetor solar diário e nem sempre o hidratante cobre a pele das mãos.

“Quando falamos do envelhecimento das mãos podemos dividir em áreas afetadas. Por exemplo, a epiderme, camada mais superficial da pele, sofre ressecamento devido à ação externa de agentes como o sol, poluição e o fato de lavarmos as mãos com frequência excessiva utilizando produtos que pioram essas alterações”, explica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

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“Abaixo da epiderme temos a derme, onde ficam localizadas as fibras de colágeno, elastina, glândulas sebáceas e melanócitos, responsáveis pela fabricação dos pigmentos da pele. A qualidade dessas fibras, no entanto, é alterada com o tempo, tornando a pele menos elástica, mais fina e, consequentemente, mais enrugada. Além disso, a exposição solar desprotegida ao longo da vida estimula a produção de pigmento pelos melanócitos, levando assim à formação de manchas. Por último, temos o tecido adiposo, que também é reduzido com o passar dos anos. Todas essas alterações resultam em uma aparência mais enrugada, flácida, ressecada e com tendões, manchas e veias mais aparentes”, completa a médica.

Mas, é possível tratar essas alterações com procedimentos minimamente invasivos, com uso de injetáveis ou tecnologias. Consultamos especialistas para explicar os melhores tratamentos para as quatro principais alterações.

Mãos flácidas e enrugadas

Para preencher as mãos que apresentam um aspecto enrugado e flácido, os injetáveis são necessários. No caso da flacidez, pode-se apostar, por exemplo, na aplicação de bioestimuladores de colágeno, como a Hidroxiapatita de Cálcio. 

Segundo Beatriz Lassance, ele provoca uma reação inflamatória controlada para estimular a produção de colágeno no local. No caso de rugas mais profundas, o preenchimento com gordura, chamado de lipoenxertia, pode ajudar. 

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“Ele também é uma excelente alternativa para rejuvenescer as mãos. A lipoenxertia consiste em um procedimento pouco invasivo no qual se retira pequena quantidade de gordura do próprio organismo do paciente através da lipoaspiração. Essa gordura é então preparada e injetada novamente nas mãos. Dessa forma, além de preencher, o procedimento, que é definitivo, também promove melhora da qualidade da pele devido a presença de células-tronco”, completa ela.

Pele ressecada

O ressecamento da pele das mãos é um grande problema que surge devido ao processo de envelhecimento. Felizmente, é possível contorná-lo através da aplicação injetável do skinbooster. 

“O skinbooster consiste em injeções de ácido hialurônico não reticulado, que, ao contrário da substância utilizada em preenchimentos, não promove volume, mas sim atrai água para a pele, melhorando a hidratação, o viço e a textura. No geral, são feitas cerca de três sessões mensais e o resultado permanece por um ano”, destaca a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Outra possibilidade é com o procedimento de hidrodermoabrasão do HydraFacial. 

“O procedimento promove melhora instantânea da qualidade da pele, auxiliando na uniformização do tom e da textura e no aumento da firmeza, viço, maciez e brilho da pele. A patenteada tecnologia Vortex-Fusion presente nas ponteiras possui um design espiral exclusivo capaz de gerar um efeito de vórtice que, combinado à tecnologia de sucção à vácuo do equipamento, consegue expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto fornece soluções hidratantes para as mãos. O procedimento é rápido, completamente indolor, não invasivo e sem downtime, assim não atrapalhando a rotina”, explica Ana Macedo, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

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Manchas nas mãos

Para tratar as manchas nas mãos, o dermatologista Abdo Salomão Jr. recomenda a tecnologias Solon Vektra Pico. 

“Esse laser da plataforma Solon é ultrarrápido e age nas manchas causando microfragmentação no pigmento, que é espatifado em pedaços muito menores, o que facilita ao organismo eliminá-los. Além disso, esse pulso é tão veloz que atinge o alvo (manchas, pigmentos de tatuagem) sem machucar o tecido sadio ao redor e sem aquecer a pele”, explica o dermatologista. 

Outra possibilidade é o uso da luz pulsada Solon (Expert Light). “Ela tem um sistema inovador em que ele concentra fótons em comprimentos de onda específicos, então é possível focar em hemoglobina, melanina e isso tem uma performance muito maior no clareamento da pele, porque você vai específico no alvo, diferente dos outros que são genéricos. Ele serve para clarear tanto as manchas de melanina quanto de hemoglobina. São necessárias de uma a três sessões para clarear, dependendo do tipo de pigmento, profundidade e quantidade”, explica Abdo.

Veias aparentes

Quem apresenta veias muito aparentes nas mãos pode apostar na realização de procedimentos como a escleroterapia e o endolaser, que trazem excelentes resultados. 

“Na escleroterapia é aplicada uma espuma com um produto um pouco mais forte para tirar as veias da mão. Feito com duas seringas e uma torneirinha de rosca, esse produto é aplicado na veia a ser tratada, sempre guiado por ultrassom para acompanhar a progressão. Conforme a espuma entra em contato com a parede do vaso é criado um processo inflamatório intenso que cicatrizará a veia, tornando-a um cordão fibroso que se desconectará da circulação”, explica a cirurgiã vascular Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. 

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Já no caso do endolaser, a veia da mão é puncionada e uma fibra é inserida em seu interior por meio de um introdutor. 

"Uma ponta da fibra é posicionada no interior da veia e a outra extremidade é conectada a um aparelho de laser ou radiofrequência que liberará energia para queimar a veia. A fibra então é retirada lentamente enquanto a veia é cauterizada. O interessante é que a veia não é retirada, também se transformando em um cordão fibroso que não participa mais da circulação”, comenta a cirurgiã vascular.

Por último, não devemos esquecer da fotoproteção das mãos, afinal, a pele da região está constantemente exposta a radiação solar. 

“O protetor solar deve ser utilizado todos os dias, devendo ter, no mínimo, FPS 30. Além disso, para garantir sua eficácia, é importante que o produto seja reaplicado a cada duas horas ou sempre que houver contato com água, como após lavar as mãos”, finaliza Abdo Salomão.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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