Com a atual situação epidemiológica e emergência em alguns municípios do país, a produção de testes moleculares de diagnóstico (RT-PCR) de dengue prevista para 2024 foi ampliada e o quantitativo de entregas dobrou, de acordo com a Fiocruz.
A fundação informou nesta quinta-feira (8) que, além das 300 mil reações a serem entregues ao longo de 2024, outros 300 mil testes emergenciais serão oferecidos ainda nos primeiros meses do ano. A previsão é que os primeiros testes sejam entregues já nas próximas semanas.
O Terra conversou com a infectologista do laboratório Sérgio Franco, Luísa Chebabo, que explicou como funcionam os testes NS1, PCR e o IgM IgG, que diagnosticam a dengue
De acordo com a especialista, após a infecção, o vírus da dengue começa a liberar um antígeno (partículas desconhecidas pelo nosso organismo) chamado NS1. O teste NS1 é capaz de detectar essa concentração de antígenos no corpo do paciente durante a fase aguda da dengue - ou seja, até o 5º dia após a infecção.
Já o PCR é um teste genotípico que detecta o vírus da doença em si e é indicado também na fase aguda da dengue.
Por fim, o teste IgM IgG é uma sorologia capaz de detectar níveis elevados desses dois anticorpos no organismo, que começam a ser produzidos algum tempo depois da infecção pelo vírus da dengue. O IgM já começa a subir após o sétimo dia de doença, já o IgG fica elevado poucos dias depois.
Nas farmácias, os testes rápidos de detecção da dengue podem ser encontrados a partir de R$ 60. Em laboratórios, os exames podem chegar até a R$ 370. Na rede pública, o atendimento é todo feito pelo SUS gratuitamente.
Dentro do contexto de aumento de casos de dengue em todo o país, a especialista recomenda que qualquer pessoa que apresente febre e mais dois sintomas característicos da dengue (como náuseas, vômitos, manchas que surgem sem motivo aparente, dores no corpo e nas articulações) deve buscar uma orientação médica para realizar um dos testes disponíveis.