Como identificar quando uma pinta pode ser câncer de pele?

Médica oncologista do Hospital Sírio Libanês explica como identificar pintas suspeitas e quais são os principais fatores de risco.

16 dez 2024 - 11h49
Mulher com pintas nas costas.
Mulher com pintas nas costas.
Foto: Freepik

O câncer de pele é uma doença muito comum, com estimativa de acometer mais de 200 mil brasileiros em 2024, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Com a proximidade do verão, as pessoas expõe mais o corpo e as preocupações com a pele aumentam.

O tipo mais frequente é o câncer de pele não melanoma, que corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos no país. Embora tenha baixa letalidade, esse tipo de câncer pode causar complicações graves, especialmente em estágios avançados. Já o melanoma, que representa apenas 3% dos tumores de pele, é muito mais letal, sendo responsável por mais de 2 mil mortes no Brasil em 2020, com incidência crescente nos últimos anos.

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Quando uma pinta pode ser câncer de pele?

A oncologista Marina Sahade, do Hospital Sírio-Libanês, explica que os principais sinais de alerta do câncer de pele são:

  • Alterações de pintas ou manchas pré-existentes;
  • Mudança de cor das  pintas;
  • Alterações de tamanho das pintas;
  • Mudança de textura das pintas;
  • Surgimento de sangramento ou coceira sobre a lesão. 

“Por isso é tão importante conhecer e observar sempre a própria pele, para que as eventuais mudanças sejam notadas”, ressalta a oncologista.

A especialista destaca que o diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de cura, especialmente no caso do melanoma, que pode evoluir para metástase. “Mesmo o melanoma, o tipo mais raro e agressivo de câncer de pele, tem elevada chance de cura quando descoberto no início”, afirma.

Exposição solar ainda é principal fator de risco

Marina ressalta que a exposição solar prolongada e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. No entanto, outros fatores também demandam atenção.

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“Pessoas com pele, olhos e cabelos claros, que se queimam facilmente, têm maior predisposição, mas é fundamental lembrar que pessoas negras também podem desenvolver a doença”, alerta a médica.

Além disso, imunossuprimidos, indivíduos com histórico familiar de câncer de pele e aqueles que utilizam câmaras de bronzeamento artificial estão no grupo de risco.

Marina ainda reforça a importância de campanhas como o Dezembro Laranja, que promovem a conscientização e incentivam consultas regulares ao dermatologista. 

“Em casos de lesões suspeitas, pode ser necessário um acompanhamento mais frequente, a cada três ou seis meses, para avaliar a evolução e determinar a necessidade de biópsia. Durante o check-up dermatológico, é crucial examinar toda a pele, incluindo o couro cabeludo e as unhas”, conta.

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A médica afirma que nos últimos anos, os tratamentos contra o câncer de pele avançaram significativamente, contudo, alguns tratamentos são reservados para casos mais avançados e os casos iniciais ainda são tratados com cirurgias.

Fonte: Redação Terra Você
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