Desinibida, Xuxa compartilhou uma história bastante inusitada no "Programa do Porchat". Quando estava em em Nova York (EUA) passou por um perrengue fisiológico: não conseguiu segurar o cocô durante um passeio e fez suas necessidades, sem querer, dentro de um supermercado.
“Tomei café e fui embora. Na rua, falei com Ju (o ator e cantor Junno Andrade, o marido) ‘não tô aguentando, preciso entrar no supermercado, ir ao banheiro. Vegano não segura”, contou. No dia, o esposo de Xuxa não conseguiu comunicar ao dono do mercadinho que ela precisava da chave do banheiro. A loira não aguentou!
O comentário de Xuxa sobre seu intestino chama atenção.
É verdade que o metabolismo de pessoas veganas é diferente?
Um grupo de pesquisa liderado pelo Liver and Digestive Diseases Networking Biomedical Research Center em Barcelona (Espanha) demonstrou que uma dieta baseada em vegetais faz com que eliminemos mais gases e fezes maiores.
Os pesquisadores compararam os efeitos no intestino de 18 pessoas saudáveis de uma dieta composta principalmente de vegetais com uma contendo menos frutas e vegetais. Cada participante recebeu aleatoriamente a dieta a seguir por duas semanas e, após um intervalo, precisavam iniciar a outra por mais duas semanas.
O resultado? Bom, os voluntários coletaram e pesaram suas fezes em uma balança digital e descobriram que produziam cerca de 200 gramas por dia na dieta à base de plantas, em comparação com 100 gramas na dieta ocidental.
O achado não é novo! Em 2017, a PETA, ONG de direitos dos animais, afirmou que fezes veganas estão cheias de bactérias saudáveis. “Uma dieta baseada em plantas e alimentos integrais leva ao crescimento das bactérias boas, o que, por sua vez, leva a uma melhora geral na saúde”, declarou à PETA Angie Sadeghi, médica da Junta Americana de Gastroenterologia.
A especialista Raquel Teixeira Terceiro Paim, professora de nutrição, explica que a dieta vegana tem se mostrado bastante vantajosa na minimização dos riscos de doenças cardiometabólicas (obesidade, hipertensão arterial e diabetes tipo 2), e também beneficia diretamente a microbiota intestinal.
"Quando bem orientada, e por se constituir basicamente por alimentos apenas de origem vegetal, ela proporciona um maior conteúdo de fibras solúveis e insolúveis, o que permite maior volume fecal", comenta.
Esse tipo de dieta também aumenta a velocidade de trânsito intestinal, o que afeta diretamente o número de evacuações, aumentando o fluxo. "A alimentação oportuniza a maior produção de alguns componentes chamados ácidos graxos de cadeia curta, que estão envolvidos na diminuição do risco de aparecimento do câncer de intestino", acrescenta a professora.