Consórcio da imprensa contabiliza 1.111 mortos em 24h

País é o que mais tem mortes diárias por coronavírus e pandemia bate recordes de casos no mundo, diz Organização Mundial da Saúde

4 jul 2020 - 20h14
(atualizado às 20h26)

Há 50 dias sem um titular no Ministério da Saúde, o Brasil registrou neste sábado, 4, 1.111 mortes e 35.035 novas contaminações por coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o levantamento do Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde. Assim, o País possui um total de 64.365 óbitos e 1.578.376 infectados no total pela doença. O Piauí divulgou apenas número de mortes, mas não informou o de casos.

Com gritos dos nomes dos profissionais da área de Saúde de Campinas (SP) que morreram de Covid-19, cerca de 40 militantes de diversas entidades fizeram na manhã deste domingo (28), no Largo do Rosário, no Centro da cidade, um ato-performance em defesa do SUS e dos profissionais de Saúde.
Com gritos dos nomes dos profissionais da área de Saúde de Campinas (SP) que morreram de Covid-19, cerca de 40 militantes de diversas entidades fizeram na manhã deste domingo (28), no Largo do Rosário, no Centro da cidade, um ato-performance em defesa do SUS e dos profissionais de Saúde.
Foto: LEANDRO FERREIRA/FOTOARENA / Estadão Conteúdo

Com os sucessivos casos de infecções que ultrapassam a casa de milhares, o Brasil foi um dos grandes contribuintes para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrasse um novo recorde diário de infecções. Segundo o relatório divulgado neste sábado, houve 212.326 novas infecções no mundo todo. O último recorde havia sido registrado em 28 de junho, com 189 mil casos registrados em um único dia.

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Os principais aumentos ocorreram nos Estados Unidos (53,2 mil), Brasil (48,1 mil, em números da sexta-feira) e Índia (22,7 mil). Ainda de acordo com a OMS, o Brasil é o único no mundo que havia superado a marca de mil mortes diárias naquela data; em segundo lugar vêm os Estados Unidos com 623 óbitos.

Mas em números absolutos, compilados pela Universidade Johns Hopkins, os EUA continuam na liderança tanto em contaminações como em mortes: são 2,8 milhões e 129,5 mil respectivamente.

O Estado de São Paulo, que é desde o início o epicentro da doença no País, tem 312.530 infectados e 15.996 mortos ao todo. A capital vai retomar parcialmente as atividades de bares, restaurantes, salões de beleza e barbearia na próxima segunda-feira, 6.

Já a cidade do Rio de Janeiro, palco aglomerações em bares no Leblon nesta semana, lidera os números no seu Estado com o total de 60.021 casos confirmados e 6.869 óbitos. O Estado do Rio de Janeiro possui, ao todo, 10.624 óbitos e 120.428 contaminações.

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Consórcio de veículos de imprensa

O balanço de óbitos e casos no Brasil é resultado da parceria entre jornalistas dos seis meios de comunicação, que uniram forças para coletar junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgar os números totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia.

Mesmo com o recuo do Ministério da Saúde, que voltou a divulgar o consolidado de casos e mortes, o consórcio dos veículos de imprensa continua com o objetivo de informar os brasileiros sobre a evolução da covid-19 no País, cumprindo o papel de dar transparência aos dados públicos.

O órgão informou, no início da noite deste sábado, que o Brasil contabilizou 1.091 óbitos e mais 37.923 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, no total são 1.577.004 casos confirmados e 64.265 mortes causadas pelo coronavírus. O número é diferente do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

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