Cosméticos antienvelhecimento realmente funcionam? Médica responde

Essa é uma grande dúvida de pessoas que possuem sinais do envelhecimento já instalados. Mas é possível revertê-los com cremes?

3 nov 2023 - 06h30
Afinal, cosméticos antienvelhecimento realmente funcionam?
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Muitas pessoas passeiam pelas gôndolas das farmácias procurando cremes que possam reverter os sinais de envelhecimento da pele, apagando rugas, tratando flacidez e melhorando a textura da pele. Mas afinal, esses cosméticos realmente têm essa capacidade? 

“Os cosméticos antienvelhecimento de hoje em dia têm algo em comum com os de 20 anos atrás: sua mínima eficácia contra o envelhecimento já instalado. Infelizmente, ainda não existe nenhum creme capaz de reduzir a flacidez da pele, eliminar rugas já instaladas, estimular a produção de colágeno de maneira significativa ou reverter um ‘bigode chinês’”, explica a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

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“O ativo em creme mais eficaz para melhorar a qualidade da pele continua sendo o ácido retinóico (usado há mais de 20 anos). Ele estimula a renovação celular e, por isso, ajuda a prevenir rugas e até atenuar rugas finas”, completa ela.

Cuidado com os cremes que prometem milagres

Os cremes milagrosos que prometem eliminar rugas, firmar a pele e devolver viço, infelizmente, não entregam o resultado esperado, segundo Paola. 

“Para isso, é necessário o estímulo de colágeno através de tecnologias ou bioestimuladores de colágeno injetáveis – procedimentos dermatológicos realizados em consultório. Quem já fez algum procedimento sabe bem a diferença entre o seu resultado e o uso de um creme”, diz a médica.

Foto: Adobe Stock / Montagem Homework

A médica enfatiza que mesmo algumas substâncias como caviar, ouro ou extrato de seda, em cosméticos caríssimos, não são absorvidas pela pele: 

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“Tudo isso é puro marketing. Por isso, a visita a um dermatologista é importante. Um profissional capacitado, após o exame dermatológico da pele, pode receitar cremes que realmente farão diferença para cada pele, hidratando ou promovendo ação antioxidante e protetora”, diz.

Mas nenhum creme funciona? 

“Os cremes podem ajudar a prevenir o envelhecimento, mas não são capazes de revertê-lo. Na maioria das vezes, o indicado é, além da limpeza adequada da pele, usar um antioxidante (vitamina C) pela manhã antes do protetor solar (FPS 30 no mínimo). A vitamina C potencializa o efeito do protetor solar e ajuda a proteger a pele da poluição (que acarreta a formação de radicais livres na pele e acelera seu envelhecimento)”, explica a médica. 

“À noite, o ideal seria intercalar um ácido (retinóico, glicólico ou azelaico, dependendo da pele de cada pessoa) com um hidratante. Assim, garantimos a hidratação da pele (fundamental para não acelerar o processo de envelhecimento) e sua renovação celular”, completa.

Portanto, a dermatologista constata que vale mais a pena fazer uma consulta com um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia que irá receitar cosméticos que funcionam (mas que não revertem o envelhecimento e nem fazem milagres) e que têm um custo justo, ao invés de gastar muito em cremes com promessas milagrosas na internet que muitas vezes nem contêm os princípios ativos mínimos necessários. 

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“Agora se você deseja rejuvenescer sua pele, o mais indicado é que o dermatologista examine você, faça um diagnóstico do seu envelhecimento e também um planejamento para reverter rugas, flacidez ou a falta de viço na sua pele através de procedimentos comprovadamente eficazes. Existem diversas tecnologias como ultrassom microfocado, laser e radiofrequência, além de injetáveis como a toxina botulínica, bioestimulador de colágeno e preenchedores”, finaliza ela.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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