RIO - A Polícia Militar do Rio já perdeu dez agentes para o coronavírus. As mortes são a faceta mais radical da ampla contaminação observada entre os policiais. Ao todo, segundo a própria Secretaria de Estado de Polícia Militar, 2.227 profissionais entraram em licença para tratar da saúde com sintomas de covid-19 desde o início da pandemia.
Num cenário de ampla desobediência às medidas restritivas impostas pelo governador Wilson Witzel e por prefeitos, a PM tem fiscalizado as ruas e vem sendo classificada por Witzel como essencial para a eficácia do isolamento. Nas praias, por exemplo, o policiamento reforçado retira da areia as pessoas que descumprem o decreto estadual.
A corporação afirma que outros 2.644 agentes já se recuperaram dos sintomas e puderam voltar ao trabalho.
O Estado do Rio já confirmou 18.486 infectados pelo coronavírus, com 1.928 mortes. Há ainda uma enorme preocupação com a subnotificação. O número real, segundo o próprio governo já admitiu, deve ser cerca de 15 vezes maior.
Enquanto o Estado ainda estuda novas medidas que levem a um isolamento mais radical, alguns municípios do Rio, como a capital, vêm adotando seus próprios bloqueios. Em terras cariocas, os fechamentos de ruas e calçadões começaram pelas zonas oeste e norte. Na vizinha Niterói, o lockdown foi adotado integralmente pela prefeitura.