Pesquisadores do Instituto de Imunologia La Jolla (LJI), nos Estados Unidos, alertaram que a nova cepa da mpox está mudando rapidamente e pode atingir crianças com mais frequência.
A equipe, comandada por dois italianos, Alessandro Sette e Alba Grifoni, também informou que, até o momento, não há vacinas para combater a variante "clade 1", tipologia que provocou um surto na República Democrática do Congo e em outros países africanos, continente mais atingido pela doença.
De acordo com estudos realizados pelo instituto, a nova cepa, "em geral, leva a casos mais graves e [mais] mortes do que a clade 2, além de parecer mais transmissível pelo contato pele a pele e se difundir com maior velocidade em pessoas com menos de 15 anos de idade".
Sette, que é codiretor do Centro de Inovação de Vacinas do LJI, afirmou que "o novo comportamento do vírus pode mudar o cenário" e atingir "uma gama mais ampla de pacientes, como crianças, mulheres e idosos".
Ao contrário, a clade 2, que levou a uma epidemia em 2022, foi observada principalmente em homens que mantinham relações homossexuais.
"Examinaremos as respostas imunitárias com base nos diversos grupos e veremos se existem diferenças com base na idade e no sexo", acrescentou o italiano.
Já Grifoni, especializada em imunologia, explicou que "não está claro o quanto este vírus se diferencia da cepa de 2022, ou onde estão as diferenças nas proteínas virais".
"As sequências exatas do genoma da nova cepa da mpox estão se tornando disponíveis e, em breve, serão analisadas", disse.