A modelo Lygia Fazio, de 40 anos, morreu na quarta-feira (31) em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), ocasionado por complicações da aplicação de PMMA no corpo. Em 2022, ela já havia sido internada por conta de procedimentos estéticos com PMMA e silicone industrial no corpo em procedimentos estéticos e fez um alerta sobre os riscos dos mesmos.
Ao Purepeople, o Dr. André Maranhão, membro e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica do Rio de Janeiro tira as principais dúvidas sobre o tema. PMMA é a sigla popularizada do polimetilmetacrilato, também conhecido como metacril. Trata-se de uma substância sintética e de baixo custo, além de não-absorvível pelo corpo.
O médico revela que a substância tem "riscos extremamente danosos". "Formação de nódulos, infecções, dores crônicas, enrijecimento dos tecidos que foram aplicados, além de necrose e rejeição pelo próprio organismo, podendo migrar pelo corpo, além de gerar estímulos inflamatórios crônicos como fístulas e abscessos. Outro risco que deve ser alertado é para a cegueira, quando injetado por acidente em vasos sanguíneos", explica.
Qual é a relação entre PMMA e AVC?
"O risco é de aplicação em algum vaso sanguíneo que possa levar para circulação central, seja pulmonar ou cerebral", explica Dr. André Maranhão.