Conhecida por sua complexidade, o Mal de Parkinson tem causas variadas, que vão de problemas circulatórios cerebrais a intoxicações. Mas a depressão também pode estar ligada ao desenvolvimento da doença. Em novo estudo publicado no site Neruology, pesquisadores suecos apontam que pessoas depressivas correm mais risco de ter Parkinson no futuro.
Para a pesquisa, 150 mil indivíduos diagnosticados com depressão entre 1987 e 2012 foram comparados a pessoas que nunca tiveram a doença. Ao longo de 26 anos, foi constatado que 1.1% dos indivíduos com histórico depressivo desenvolveram o Mal de Parkinson, enquanto os demais representaram 0,4%. Após um ano de análise dos dos dados, os pesquisadores apontaram uma chance três vezes menor em pessoas que nunca tiveram depressão.
Além disso, aqueles que já haviam sido hospitalizados uma vez pelo quadro depressivo, apresentaram 3,5 vezes mais risco de ter os sintomas da doença. Já os que tiveram mais de cinco passagens por centros médicos mostraram um risco 40% maior. No entanto, não é possível afirmar que a depressão seja causadora da doença.
O Mal de Parkinson é um complexo de sintomas, caracterizados por uma síndrome derivada da deficiência do sistema dopaminérgico nigroestriatal, conjunto de células responsáveis pelos movimentos. Dentre os sintomas estão tremor, rigidez, bradicinesia e alteração do equilíbrio.