Dia de Combate ao Fumo: cirurgia pode ser solução contra o vício

Cirurgião plástico explica como o pré-operatório pode servir de estímulo para largar o vício em cigarro. Estudo mostra redução da dependência

29 ago 2024 - 11h22
(atualizado às 13h53)

Hoje, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. E, para os fumantes que pensam em realizar alguma cirurgia plástica, é preciso parar de fumar por pelo menos quatro semanas antes do procedimento. Isso porque o cigarro influencia consideravelmente no período de recuperação. 

"A nicotina e as toxinas do cigarro provocam a diminuição do fluxo nos vasos sanguíneos. Uma vez que a circulação está prejudicada, a quantidade de oxigênio e nutrientes que chegam no tecido cutâneo é menor, principalmente em cirurgias que demandam grande descolamento cutâneo, como ritidoplastia (face lift) e abdominoplastia. Este fator aumenta os riscos de complicações como necroses, trombose, embolia pulmonar e acúmulo de líquido", alerta o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico e membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS).

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Cirurgia plástica X vício em cigarro

Felizmente, um estudo feito em 2017 feito pela ASPS mostra que muitos pacientes que recebem as instruções do cirurgião plástico deixam de fumar. Ou pelo menos fumam menos, nos anos após a cirurgia estética. Os resultados mostram que há uma associação entre cirurgia plástica e cessação do tabagismo. Isso porque a maioria dos pacientes afirmou ter reduzido o uso de cigarros em qualquer quantidade.  

O levantamento concluiu que a grande maioria dos pacientes aderiu à recomendação médica. Dentro desse grupo, em média 5 anos após a cirurgia, 40% dos pacientes que eram fumantes diários, não fumavam mais todos os dias, e 20% dos pacientes pararam de fumar completamente. 

Segundo o Dr. Paolo, o ideal é usar essa pausa para a cirurgia plástica como um incentivo para parar de fumar de uma vez. Ele destaca ainda que é fundamental procurar um bom cirurgião plástico. O profissional deve apresentar ao paciente a importância de parar de fumar antes do procedimento, além de explicar todos os riscos envolvidos caso as orientações não sejam seguidas.

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"O cigarro eleva a produção de radicais livres no organismo, proporcionando o envelhecimento precoce das células. Isso vai contra o objetivo dos procedimentos de rejuvenescimento estético, por exemplo, fazendo com que os resultados não sejam tão satisfatórios", afirma o cirurgião plástico.

"Independentemente do tipo de cirurgia plástica que será realizada, o esforço de parar de fumar vale muito a pena. Inclusive, essa pode ser a oportunidade ideal para largar esse péssimo hábito", finaliza o médico.

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