Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo: exercício físico é aliado indispensável

Esta data ainda traz outras informações para conscientização da população

10 mar 2023 - 14h57

Falta de tempo e os demais afazeres são as justificativas principais para uma pessoa não se exercitar. A desculpa permanece, o tempo passa rápido e só depois um sujeito percebe que está sedentário. Aí é que surge o desespero para mudança. Então, nesta sexta-feira (10) é o Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo e nesse sentido o exercício físico é o aliado indispensável.

Sedentarismo - Shutterstock
Sedentarismo - Shutterstock
Foto: Sport Life

Saiba mais do papel do exercício físico no combate ao sedentarismo

"Inicialmente, o indivíduo tem que começar com os exercícios aeróbicos. Quando eu chamo aeróbico é simplesmente iniciar com caminhadas. A caminhada vai melhorar as condições cardíacas, vai melhorar as condições respiratórias, a resistência física, a musculatura, principalmente da marcha, e o retorno venoso", diz o cirurgião vascular Dr. Márcio Steinbruch com exclusividade ao Sport Life.

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Essas vantagens despertam o desejo de mudança para quem não desfruta de uma vida física ativa. Não é, mesmo? O poder da mente é fundamental no processo, ou seja, é inviável determinar com quanto tempo o sedentarismo será "expulso" do seu dia a dia e somente o foco lhe trará ganhos diários.

"Então, o tempo que leva para atingir isso (abandono do sedentarismo) vai depender do quanto vai conseguir fazer de exercícios por semana. Vai depender muito de organismo para organismo. Não dá para precisar um tempo, mas vamos saber que está melhor no momento em que a sua disposição esteja no máximo", explica o doutor Márcio.

Steinbruch finaliza que a falta de disposição é o sinal comum do sedentarismo. Assim, a ausência de energia induz uma pessoa a ter um certo grau de depressão, sem iniciativa, com sobrepeso, que perde o fôlego com mínimos esforços e o torna até "amarga" com rótulo de pessoa em "câmera lenta".

Outra curiosidade

Já o Dr. Elcio Pires Junior expõe que o sedentarismo figura entre os principais fatores de risco para as doenças do coração, como infarto agudo do miocárdio e o AVC (Acidente vascular cerebral), e descreve o status de um cidadão que não possui uma vida física ativa.

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"É considerado como sedentário a pessoa que pratica menos de 150 minutos por semana de atividades físicas de intensidade moderada, ou menos de 75 minutos semanais para atividades intensas", relata o profissional.

Dados

500 milhões de pessoas estão sujeitas a desenvolverem as doenças de obesidade, diabete, cardíacas e outras doenças não transmissíveis até o ano de 2030 graças ao sedentarismo. Quem avisa é o levantamento da OMS (Organização Mundial de Saúde) publicado em 19 de outubro de 2022.

Esse estudo diagnosticou que menos de 50% dos governos nacionais oferecem políticas de atividade física e menos de 40% delas operam em 194 países. Paralelamente, há apenas 30% das nações com as diretrizes nacionais de atividade física para todas as faixas etárias.

Em relação ao território nacional, a própria OMS compartilhou em 2022 que o Brasil é o "campeão" do sedentarismo em toda América Latina e está na quinta colocação do ranking mundial.

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou no primeiro semestre de 2022 que 47% de brasileiros lidam com sedentarismo. Mas, essa porcentagem "salta" para 84% quando se trata do público jovem.

Quem são eles?

Dr. Márcio Steinbruch é graduado e especializado em cirurgia vascular pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Há também no seu currículo o título de especialista e a vaga de membro titular da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular).

Dr. Elcio Pires Junior é membro especialista da SBCCV (Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular), da The Society of Thoracic Surgeons, dos Estados Unidos. E, além disso, especialista em cirurgia endovascular e angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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