Doença celíaca: diferenças entre intolerância ao glúten e alergia ao trigo

Atriz Isis Valverde disse nas redes sociais que tem a doença celíaca: entenda o que é isso

9 abr 2024 - 06h50
Resumo
Isis Valverde compartilhou nas redes sociais desafios diários relacionados a sua doença celíaca, devido a restrição de consumo de glúten. Para diagnosticá-la, são realizados exames de sangue e biópsia do intestino, com tratamentos baseado em dietas e evitação do glúten de forma vitalícia.
Doença celíaca: diferenças entre intolerância ao glúten e alergia ao trigo
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Através de uma publicação em suas redes sociais, Isis Valverde compartilhou com seus seguidores um dos desafios que enfrenta no seu dia a dia. A atriz, que foi diagnosticada com doença celíaca, revelou que precisa evitar completamente o consumo de glúten devido a essa condição. Ela destacou que essa restrição alimentar se torna particularmente complicada durante suas viagens, onde encontrar opções adequadas de alimentação pode ser um obstáculo.

No universo complexo das reações adversas ao glúten, existem três condições principais que frequentemente causam confusão: doença celíaca, intolerância ao glúten (também conhecida como sensibilidade ao glúten não-celíaca) e alergia ao trigo. 

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A médica Renata Domingues de Nóbrega, especializada em Nutrologia, explica que cada uma dessas condições tem suas características próprias, sintomas, métodos de diagnóstico e tratamento. Compreender as diferenças entre elas é crucial para o manejo adequado e para garantir uma qualidade de vida melhor aos que sofrem dessas condições.

Doença celíaca: uma condição autoimune

A doença celíaca é uma condição autoimune crônica onde a ingestão de glúten — uma proteína encontrada no trigo, cevada e centeio — provoca uma resposta imunológica que danifica as vilosidades do intestino delgado. 

Este dano compromete a absorção de nutrientes, podendo levar a uma ampla gama de sintomas e complicações, desde problemas digestivos até desnutrição, osteoporose e, em casos raros, certos tipos de câncer intestinal.

"O diagnóstico envolve exames de sangue para detectar anticorpos específicos, seguido por uma biópsia do intestino delgado. O tratamento é estritamente uma dieta sem glúten para toda a vida, que permite a recuperação do intestino e a remissão dos sintomas", explica Renata.

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Intolerância ao glúten: questão de sensibilidade

Diferente da doença celíaca, a intolerância ao glúten não envolve uma resposta autoimune ou alérgica. Indivíduos com essa condição experienciam sintomas semelhantes aos da doença celíaca — como dor abdominal, inchaço e diarreia — após a ingestão de glúten, mas sem os marcadores imunológicos ou o dano intestinal associados à doença celíaca. 

O diagnóstico é feito por exclusão, e o tratamento consiste na redução ou eliminação do glúten da dieta, dependendo da severidade dos sintomas.

Alergia ao trigo: uma reação alérgica

A alergia ao trigo é uma reação do sistema imunológico às proteínas do trigo, incluindo, mas não limitado ao glúten. É caracterizada por sintomas que podem variar de leves a graves, como erupções cutâneas, problemas gastrointestinais, respiratórios ou, em casos extremos, anafilaxia. 

O diagnóstico é realizado através de testes de pele ou sanguíneos para identificar anticorpos IgE específicos. A gestão da alergia ao trigo implica na evitação completa do trigo em todas as suas formas, embora, diferentemente da doença celíaca, os indivíduos possam ser capazes de consumir outros grãos que contêm glúten.

Implicações para a saúde e qualidade de vida

Renata Domingues de Nóbrega enfatiza que a adoção de uma dieta apropriada é fundamental no manejo dessas condições. Para indivíduos com doença celíaca, a dieta sem glúten não é uma opção, mas uma necessidade vitalícia.

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Aqueles com intolerância ao glúten podem precisar experimentar para determinar o nível de tolerância ao glúten, enquanto pessoas com alergia ao trigo devem evitar o trigo, mas podem tolerar outros grãos que contêm glúten.

“Viver com doença celíaca, intolerância ao glúten ou alergia ao trigo pode ser desafiador, mas com o diagnóstico correto e o manejo adequado, é possível levar uma vida saudável e plena. A informação é a chave para entender essas condições e para promover a conscientização tanto entre os pacientes quanto entre os profissionais de saúde. Busque orientação médica se suspeitar de alguma dessas condições e a não se autodiagnostique com base em informações gerais”, conclui a médica.

Assista ao vídeo com as dicas de Cláudio Mutti, médico especialista em Nutrologia e Integrativo.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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