Ícone do boxe brasileiro, Maguila morreu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos. Em 2013, o atleta foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica (ETC), uma doença incurável cujos sintomas são muito semelhantes ao Alzheimer. O problema é causado por excesso de golpes na cabeça e é consequência da carreira bem-sucedida na luta.
A raridade da condição de Maguila levou o lutador a tomar uma importante decisão em 2018: com o aval da família, ele vai doar seu cérebro para estudos na Universidade de São Paulo (USP). O órgão será analisado por uma equipe que busca entender as consequências de golpes repetidos na cabeça durante a prática de esportes. A pesquisa é fundamental, também, para criar medidas de prevenção.
"Esse ato de grandeza do Maguila e da Irani [Pinheiro], da esposa dele, assim como a esposa do Bellini [ex-jogador da Seleção Brasileira que também teve o cérebro doado para pesquisa], mostra que essas pessoas não só são ídolos em vida como vão deixar um legado ainda maior ajudando outras pessoas. Acho que é bastante grandioso isso", declarou Renato Anghinah, professor da Faculdade de Medicina da USP e médico de Maguila, em entrevista ao Globo Esporte.
A morte de Maguila foi confirmada pela esposa dele à Record TV. Segundo ela, o atleta estava internado há 28 dias; dois dias antes, foi descoberto um nódulo no pulmão do ex-lutador.
"A gente procurou não falar com a imprensa, porque eu procurei cuidar da minha família. É o momento de cada um. O Maguila e...
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