Comum, a inflamação do apêndice ou apendicite é uma das principais causas de cirurgia abdominal no Brasil. O problema, que atinge pessoas de todas as idades, acometeu a ex-panicat e hoje influenciadora de finanças Carol Dias, de 34 anos. Ela precisou ser operada às pressas para remover o órgão nesta terça-feira (28).
Ao relatar o caso nas redes sociais, Carol disse que começou a sentir fortes dores na região durante o fim de semana.
"Continuei sentindo sintomas como dor de cabeça, uma dor na barriga, muito cansaço, sono e muito enjoo. Aí decidi vir ao médico com a minha irmã e jurava que não seria nada. Achei que era uma virose. Fiz os exames e descobri que era apendicite. Então, no domingo mesmo, já fiquei internada e operei ontem", descreveu, segundo publicado pela "Caras".
Esse desconforto abdominal que Carol descreveu costuma iniciar como uma dor "mal definida" e sem sinal de localização. "Somente com a evolução do quadro clínico é que a dor tem uma tendência a se localizar no quadrante inferior direito do abdômen e aí é quando você começa mesmo a suspeitar da apendicite", explica o cirurgião do aparelho digestivo Octacílio Felício Jr, professor de anatomia patológica na Universidade Federal de Ouro Preto, ao Terra.
Porém, esse não é o único sintoma. Conheça as fases da apendicite:
- enjoo e vômito, com consequente perda de apetite
- febre
- irregularidade intestinal com diarreia, indigestão ou constipação
O que causa apendicite?
Segundo o Ministério da Saúde, a inflamação costuma ser provocada por uma obstrução do apêndice com restos de fezes. O Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva considera ainda a relação com infecções gastrointestinais.
Como tratar a apendicite?
A única forma de tratar a apendicite é através de cirurgia, em muitos casos de emergência. A operação visa remover o apêndice inflamado, a fim de evitar que o quadro se agrave, colocando em risco a vida do paciente.
De acordo com o cirurgião, em casos ainda não confirmados, o ideal é nem receitar analgésicos. Isso porque as medicações podem mascarar os sintomas e prejudicar o diagnóstico.
A partir do surgimento dos sintomas, quanto tempo demora para o apêndice estourar?
De acordo com Felício Jr., a perfuração do apêndice geralmente acontece com horas de evolução quando não se faz o diagnóstico precocemente. São casos em que a pessoa está com a inflamação, mas não procurou assistência médica.
"Normalmente, em 48h a 72h, a partir do início dos sintomas, o apêndice já adquire um grau de inflamação, e já tem algum grau de infecção associada, que pode levar à perfuração", esclarece o médico.
Pessoas mais velhas podem ter apendicite?
"A apendicite tem uma prevalência maior em indivíduos adultos e jovens", responde o cirurgião. Mas isso não exclui a ocorrência da inflamação em crianças e idosos. Pelo contrário, na avaliação do médico, é preciso estar ainda mais atento com os sintomas nesses pacientes porque é comum descartar a possibilidade e retardar o diagnóstico.