Um grupo de cientistas de Xangai encontrou relação entre a mutação de um gene humano com o desenvolvimento de um tipo de câncer de pâncreas, descoberta publicada pela revista Nature Medicine.
"Este tipo de câncer foi detectado pela primeira vez há 100 anos, mas sempre tinha sido um mistério", explicou a pesquisadora Lu Yanjun, que lidera o projeto, ao jornal oficial Shanghai Daily, que repercutiu nesta quarta-feira (28) a descoberta.
Lu e sua equipe do Hospital Popular Número 10 de Xangai detectaram que em todas as amostras estudadas do carcinoma adenoescamoso de pâncreas, um dos tipos mais agressivos de câncer pancreático, havia uma mutação do gene denominado UPF1. E descobriram que essa mutação interfere na formação e no desenvolvimento da doença.
"Conhecer a mutação do UPF1 permitirá estabelecer uma medida de diagnóstico rápido e um alvo para a medicação no futuro", disse Lu.
Ele é especialmente difícil de detectar nos estágios iniciais porque a maioria dos pacientes é assintomática e só costuma ser diagnosticado em períodos avançados, quando menos de 10% dos pacientes consegue sobreviver à doença por mais de cinco anos.