A fibromialgia é uma síndrome reumática que causa dor intensa e fraqueza muscular generalizada. Fadiga e alterações no sono, na memória e no humor também podem acompanhar os sintomas. Além disso, a doença pode aumentar a ocorrência de distúrbios digestivos.
As dores provocadas pela doença chegam a ser tão incapacitantes, que o paciente não consegue fazer qualquer atividade. A cantora Lady Gaga, por exemplo, declarou que tem fibromialgia, o que já a impediu de se apresentar em grandes shows com o Rock In Rio.
Aqui no Brasil, recentemente Ellen Cardoso, mais conhecida como Moranguinho, participante da edição 2022 do reality A Fazenda, confessou estar sentindo muitas dores por conta da doença. Segundo a fisioterapeuta clínica Walkyria Fernandes, os exercícios aeróbicos são essenciais para controlar as dores causadas pela condição.
Maneiras de reduzir os sintomas da fibromialgia
A especialista explica que a fisioterapia não deve ser somente um meio de alívio da dor, mas também uma maneira de promover o bem-estar e a qualidade de vida para quem tem fibromialgia. "Existem dois tipos de abordagem: ativa, que são os exercícios aeróbicos e de fortalecimento e a passiva, que são as técnicas de terapia manual que o fisioterapeuta utiliza, principalmente, para pacientes em crise", orienta a especialista.
A fisioterapeuta lembra que a própria Lady Gaga viralizou nas redes sociais por fazer sessões de crioterapia antes dos shows, técnica que consiste em ficar imerso em uma banheira com gelo. Isso porque o gelo possui efeito vasoconstritor e analgésico, o que contribui para diminuir dores musculares. Walkyria ressalta, no entanto, que qualquer tratamento para fibromialgia deve ter orientação de um profissional habilitado.
Os pacientes com fibromialgia, geralmente, são intolerantes à atividade física e tendem a ser mais sedentários. Mas, segundo a fisioterapeuta, o exercício aeróbico é um componente importante do tratamento. Ela aponta os exercícios ideais para quem sofre dessa síndrome são natação, hidroginástica, caminhada, corrida, bicicleta, entre outros.
"É preciso aumentar a frequência cardíaca e a frequência respiratória. A prática diária, de 30 a 40 minutos, é o mais indicado. Claro que aquele paciente em crise, precisa fazer os exercícios de forma leve. A carga moderada é para quem está fora da crise. Com foco na atividade física, em oito semanas o paciente começa a experimentar uma menor intensidade nas dores", afirma a especialista.
Além disso, Walkyria Fernandes informa que há outras intervenções que podem aliviar as dores. "Além das técnicas manuais, há técnicas de respiração para modular o sistema nervoso autônomo, que precisa ser reequilibrado", finaliza a fisioterapeuta clínica.