Tontura e ânsia de vômito foram alguns dos sintomas relatados por Anne Marjorie, apresentadora do “Bom dia RN”, matinal da filial da Globo no Rio Grande do Norte, ao sofrer um "ataque cardíaco sintomático". Ela sofreu o infarto na última segunda-feira (3), mas detalhou a experiência de "quase morte" na Sexta-feira da Paixão (7) nas redes sociais.
"Comecei a sentir tudo entendendo o processo. A dor intensa no braço esquerdo, a respiração cada vez mais curta, dor no peito, sentimento de morte, lábios latejando, tontura, vista escura, ânsia de vômito e sobre tudo isso... A paz. Existia paz dentro de mim, essa paz vinha acompanhada de dever cumprido", descreveu a jornalista ao falar do que chamou de renascimento.
Anne também sentiu arritmia - "220 batimentos por minutos. Por muito menos alguns corações param", frisou.
Sintomas diferentes para homens e mulheres
Seus sintomas foram típicos de um quadro de infarto, mas alguns são mais propensos a atingir pessoas do sexo feminino. Segundo o Hospital do Coração, além da arritmia e dos enjoos sentidos por Anne, falta de ar, cansaço inexplicável e desconforto no peito são sinais mais comuns em mulheres que infartam.
Já os homens sentem mais dor no peito, que pode irradiar para outras partes do corpo como braço esquerdo, pescoço, mandíbula, estômago e costas; náusea, vômito; suor frio; e desmaio.
Quais são os fatores de risco para a doença?
Em geral, problemas como tabagismo e excesso de colesterol podem aumentar os riscos da pessoa sofrer um infarto ao provocar a formação de placas de gordura, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes. Diabéticos, inclusive, têm de duas a quatro vezes mais chances de passar por um ataque cardíaco, de acordo com o Ministério da Saúde.
Infarto fulminante
O caso de Anne terminou com final feliz e a apresentadora se recupera, mas nem sempre o paciente sobrevive ao infarto. Trata-se popularmente como infarto fulminante quando a pessoa vem a óbito instantaneamente ou até 24h após o ataque cardíaco sem que os profissionais de saúde consigam reverter o quadro.
A expressão, no entanto, é pouco usada entre profissionais especializados. Conforme esclarecido pelo cardiologista Leopoldo Piegas e publicado pelo portal de Drauzio Varella, falar em "infarto fulminante" pode transmitir a ideia equivocada de que a pessoa morre repentinamente enquanto realiza qualquer atividade. Cardiologistas preferem tratar como "morte súbita".
E como prevenir o infarto?
O segredo para prevenir o problema está no estilo de vida. A recomendação é sempre praticar exercícios, manter a alimentação balanceada, rica em nutrientes, evitar o tabagismo e manter acompanhamento médico periodicamente.