A influenciadora digital Elisa Guerreira precisou deixar o reality show "A Grande Conquista", da Record, após sofrer uma convulsão enquanto dormia. A saída foi comunicada pela apresentadora Mariana Rios.
"Por recomendação da nossa equipe de acompanhamento médico, Elisa deixou a vila e não poderá mais continuar em A Grande Conquista por questões de saúde", resumiu.
A influenciadora ainda não se pronunciou sobre o episódio, mas segundo o portal Metrópoles, Elisa vomitou e urinou involuntariamente durante o sono. Quando outros participantes notaram que havia algo errado, eles acionaram a produção.
O que causa convulsão durante o sono?
Segundo o neurocirurgião Felipe Mendes, as causas são diversas. Isso inclui distúrbios do sono, abstinência de drogas ou álcool, traumas na cabeça, distúrbios metabólicos, como baixos níveis de açúcar no sangue ou distúrbios genéticos, entre outros problemas.
Mestre em cirurgia, ele afirma que não há diferenças entre uma convulsão quando o indivíduo está acordado ou dormindo, mas, no segundo caso, pode ser mais difícil detectar os sintomas que podem ser confundidos com outras condições como sonambulismo ou pesadelos.
Quando a pessoa entra em convulsão, ela sofre uma descarga elétrica anormal no cérebro, capaz de afetar a consciência, a movimentação e a atividade neuromuscular do corpo. "Durante uma convulsão, os músculos podem se contrair e relaxar repetida e rapidamente, levando a movimentos involuntários, espasmos musculares e até mesmo perda de controle da bexiga ou intestino", esclarece Mendes.
Pelos relatos, foi justamente o que aconteceu com a influenciadora. Não se sabe exatamente quais as medidas adotadas pelos companheiros de reality e, em seguida, pela produção, mas há ações imediatas que podem ajudar nesses casos.
O neurocirurgião elenca:
- acender a luz ambiente para observar se há algo que possa causar ferimentos à pessoa;
- garantir que a pessoa esteja em uma posição segura, virando-a de lado para evitar que a saliva ou outros líquidos entrem nos pulmões;
- ligar para serviços médicos de emergência, especialmente se a convulsão durar mais de cinco minutos, se houver perda de consciência, ou se houver outras condições médicas subjacentes.
"Lembrando que nunca se deve tentar colocar os dedos ou as mãos na boca de quem está convulsionando, pois há um risco de machucar", frisa o neurocirurgião.
Atendimento varia de acordo com as causas
Tanto os riscos associados quanto o tratamento para a convulsão vão depender da causa subjacente. Felipe Mendes pontua que, em alguns casos, convulsões ocasionais podem nem representar risco significativo. Por outro lado, convulsões frequentes ou prolongadas podem aumentar o risco de lesão cerebral, problemas de aprendizado, entre outros.
Já o tratamento passa sempre por avaliação médica individualizada para entender o quadro de saúde de cada paciente. "O médico pode prescrever medicamentos anticonvulsivantes para prevenir futuras convulsões, ou pode recomendar mudanças no estilo de vida para abordar problemas como a privação de sono ou abuso de drogas", explica.
Casos mais específicos podem demandar acompanhamento neurológico detalhado, a fim de avaliar a causa das convulsões. Segundo o especialista, há tratamentos cirúrgicos realizados por neurocirurgiões para reduzir a frequência e a intensidade das crises epilépticas.