No Dia Mundial do Câncer, lembrado hoje (4), instituições de saúde promovem ações para alertar a população sobre formas de prevenção e diagnóstico, estratégias de mitigação e controle, além de esclarecer mitos a respeito da doença.
No Rio de Janeiro, o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) Tijuca, apresentará de manhã as estimativas de câncer por estado, a campanha pela data e o debate Câncer? É preciso falar disso!, reunindo profissionais de saúde, representantes da sociedade civil e especialistas. A entrada é franca.
Para o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Claudio Noronha, desmistificar crenças e poder falar abertamente sobre a doença é um passo importante para o controle. "É preciso ter a informação adequada para poder tomar uma atitude, haver uma mudança de comportamento, com informação você pode fazer alguma coisa", comentou. "Tanto para investir em si mesmo, como para ajudar um parente, uma amigo, chamar a atenção", acrescentou.
Além do evento, o Inca produziu um hotsite e materiais gráficos e digitais para marcar a data. O Morro da Urca, primeiro estágio do bondinho do Pão de Açúcar, ficará iluminado de laranja e azul, as cores da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC).
Em São Paulo, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) promove o seminário Derrubando os mitos sobre o câncer, com médicos especialistas que vão orientar os participantes sobre quatro grandes mitos relacionados à doença. Em Minas Gerais, as ações ficam por conta do hospital da Universidade Federal de Juiz de Fora, das 8h às 12h, na Unidade Dom Bosco. Exames de prevenção do câncer vão ser feitos em Macapá pelo Instituto Joel Magalhães, em parceria com instituições públicas e privadas do estado, das 8h às 12h. A meta é atender cerca de 400 pacientes.
Uma série de atividades está prevista em outros países para informar sobre o controle do câncer.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2012 foram diagnosticados 14 milhões de novos casos, com destaque para pulmão, mama e cólon, e esse número pode aumentar 57% e chegar a 22 milhões em duas décadas. Mais de 70% dos casos estão na África, Ásia, América Central e América do Sul, um total de 70% das mortes pela doença no mundo todo.
A organização ressalta que o envelhecimento da população e a falta de um sistema de saúde eficiente em países subdesenvolvidos devem ser os principais vetores desse aumento.