Isis Valverde fratura vértebra; saiba quais são as consequências

Após sofrer um acidente de carro nesta sexta-feira (31), a atriz está internada no Hospital Barra D'or, no Rio de Janeiro

31 jan 2014 - 20h44
(atualizado em 5/12/2014 às 18h01)
<p>Sucesso na minissérie Amores Roubados, a atriz Isis Valverde fraturou a vértebra em um acidente nesta sexta-feira (31)</p>
Sucesso na minissérie Amores Roubados, a atriz Isis Valverde fraturou a vértebra em um acidente nesta sexta-feira (31)
Foto: Caio Duran / Agnews

Fora do ar desde o fim da minissérie Amores Roubados, da Globo, Isis Valverde se envolveu em um acidente de carro nesta sexta-feira (31), no Rio de Janeiro.

A atriz, que está internada no Hospital Barra D'or, sofreu uma fratura na vértebra C1.

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Para o ortopedista Miguel Akkari, de São Paulo, só o fato de a atriz ter permanecido viva já é um indício de que a lesão não foi grave. “Se ela foi resgatada com vida, é sinal que teve sorte”, reforça.

Ele explica que a lesão na vértebra C1 é uma das mais agressivas. “Ela pode ser fatal ou trazer sequelas muito graves”. Isso porque, segundo ele, quanto mais próxima da cabeça, maior o perigo. “A C1 é o nível vertebral mais alto da coluna. Qualquer lesão com desvio que possa comprometer a medula neste nível é extremamente perigosa.”

Akkari diz que a variedade de quadros clínicos relacionados à fratura na C1 é muito grande. Por ora, é possível imaginar dois quadros para a atriz. A primeira hipótese seria uma lesão leve, cujo tratamento é simplesmente a imobilização por meio de um colar. Segundo o especialista, nestes casos, o próprio organismo trata de regenerar a região, processo que geralmente leva de um a dois meses.

A segunda possibilidade é quando ocorre uma lesão mais grave, com desvio da vértebra. Isso geraria um maior risco de atingir a medula, o que pode causar a morte ou tetraplegia. Nestes casos, a cirurgia é indicada para a fixação e, posteriormente, a imobilização total do paciente ajuda a vértebra a se reestruturar.  

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De acordo com Carlos Henrique Ribeiro, neurocirurgião e presidente da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e do Hospital Badim, Rio de Janeiro, o caso parece ser simples. “O que deve ter ocorrido é uma fratura sem desalinhamento”, opina. 

Resgate

O papel da equipe de resgate também pode fazer toda diferença nestes quadros. E é por este motivo que os profissionais da área médica se preocupam com a imobilização do paciente, independente da gravidade do acidente, explica Akkari. “Em alguns casos, a fratura pode não ter afetado a medula na hora do acidente, mas ela pode ocorrer com a movimentação”, explica.

Por isso mesmo, o acidentado deve evitar se mexer, já que, segundo ele, muitas vezes a dor no pescoço não parece tão forte, o que faz com a pessoa descarte qualquer lesão na região. 

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A função da C1

O ortopedista Pedro José Labronici, que é professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis, explica que a C1 é de extrema importância, pois é responsável por dar sustentação à cabeça, ligando-a ao restante da coluna.

A C1 também é a vértebra que está mais próximas dos centros vitais: coração, respiração e cérebro. “Uma lesão grave pode impedir, por exemplo, a respiração, a deglutição e pode fazer o cérebro parar de funcionar”, afirma.

O maior risco em caso de acidentes é quando a fratura comprime a medula, e, com isso, pode levar o paciente a óbito. Em uma lesão um pouco mais leve, quando o paciente escapa da morte, ainda há o risco da instabilidade, podendo gerar a paralisia dos membros. “Provavelmente o que ela teve foi uma lesão leve, uma fratura simples e os ligamentos conseguiram segurar. Pode ficar um período parada e logo volta às suas atividades. Neste caso, o tratamento é apenas ficar imobilizada, quietinha”, observou.  

Entenda o caso

O acidente aconteceu na madrugada de sexta-feira (31), quando Isis voltava de uma festa na Barra da Tijuca ao lado do amigo Gabriel Maciel da prima Mayara Nable - que postou uma foto horas antes do ocorrido.

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O carro da atriz, um Range Rover Evoque, foi estacionado no prédio do amigo e coberto por uma lona. Ainda assim, é possível notar a força do impacto e os danos causados no veículo em registros feitos por fotógrafos.

Fonte: Terra
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