Uma brasileira de 22 anos teria contraído o vírus HIV após dividir um alicate com uma prima mais velha que é portadora do vírus. Um estudo da USP publicado neste sábado (29) pelo AIDS Research and Human Retroviruses realizou uma série de exames para chegar a esta conclusão.
Segundo o site IFLScience, a jovem descobriu o diagnóstico ao doar sangue pela primeira vez e, depois da investigação, viu-se que ela não tinha se submetido a nenhum fator de risco: nunca teve relação sexual (fato comprovado por ginecologistas), seu namorado de dois anos não tem o vírus, sua mãe também não (foram feitos testes de DNA para certificar que a mulher era mesmo sua mãe biológica), ela nunca fez transfusão de sangue ou passou por qualquer cirurgia, além de não ter nenhum piercing ou tatuagem.
Investigando o histórico pessoal da paciente, os médicos brasileiros descobriram que, desde os 12 anos, ela divide equipamentos para cuidado com as unhas com uma prima HIV positivo. A prima, que trabalhava como manicure, sabia que tinha o vírus há 17 anos, mas nunca contou à família.
Os médicos explicam que esta forma de contágio é muito rara. Eles dizem ainda que as chances de trasmitir o vírus aumentaram muito porque a familiar não estava tomando nenhum medicamento para o controle da doença.
Apesar das imensas chances, os especialistas dizem ainda que não é possível afirmar com 100% de certeza que a jovem foi contaminada com o vírus por este meio, mas que o caso abre um precedente para aumentar os cuidados nos salões de beleza e não só para a Aids, mas também para vírus causadores de outras doenças, como a Hepatite C.
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