Mamografia 3D é mais eficaz para diagnosticar câncer de mama

Em comparação com uma mamografia bidimensional, a mamografia digital 3D por tomossíntese aumenta em 41% a taxa de detecção dos tumores

24 jun 2014 - 19h59
(atualizado às 20h17)
Foto: Getty Images

A mamografia tridimensional permite diagnosticar muito mais cânceres de mama e reduzir a quantidade de diagnósticos errados do que a radiografia convencional, confirmam os resultados de um amplo estudo clínico divulgado nesta terça-feira (24).

Em comparação com uma mamografia bidimensional, a mamografia digital 3D por tomossíntese aumenta em 41% a taxa de detecção dos tumores mamários invasivos e em 29% o diagnóstico de todos os cânceres de mama.

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Esta técnica de imagenologia (exames de imagem) tridimensional, aprovada pela agência americana encarregada do controle de medicamentos (FDA) em 2011, também permitiu uma redução de 15% dos diagnósticos equivocados (tanto positivos quanto negativos), explicaram os autores deste estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) com data de 25 de junho.

Esta pesquisa, a mais ampla realizada até agora sobre a eficácia desta técnica de diagnóstico, foi feita com cerca de meio milhão de mulheres em treze hospitais americanos.

"O estudo confirma o que já sabíamos, que com a mamografia 3D são diagnosticados mais cânceres invasivos e se evita às mulheres a ansiedade e o custo de exames adicionais para confirmar o que se revela um falso alarme", destaca Donna Plecha, diretora do serviço de exames de imagens no hospital universitário do Case Medical Center em Cleveland (Ohio).

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"Sabíamos que as mamografias salvam vidas e este estudo nos dá dados sólidos que mostram que a mamografia em 3D dá um melhor diagnóstico para o câncer de mama, suficientemente precoce, quando ainda é tratável", explicou.

Este sistema, que combina a mamografia digital com exame de imagem por tomossíntese, permite obter imagens muito mais detalhadas e precisas do seio. É usado para recriar imagens de um milímetro de espessura que podem ser visualizadas em uma reconstrução da mama em 3D.

Não há muita diferença entre este exame e uma mamografia convencional, dura apenas alguns segundos mais.

A 3D permite melhorar o diagnóstico, ajudando os radiólogos a identificar as estruturas dos seios e ver bem as áreas que ficam apagadas na mamografia bidimensional, que podem revelar um tumor mas também ocultá-lo.

O momento em que se descobre o câncer de mama determina as possibilidades de sobrevivência da paciente, daí a importância que as mulheres de 40 anos façam uma mamografia anual, segundo eles.

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Se um câncer for detectado suficientemente cedo e não se estendeu para além do seio, a taxa de sobrevivência em cinco anos é de 97%, afirmam os autores deste estudo.

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