Exames anuais não diminuem taxas de mortalidade por câncer de mama, segundo estudo feito durante 25 anos no Canadá. Pesquisadores da Universidade de Toronto acompanharam mulheres com idades entre 40 e 59 anos e descobriram que os exames não reduziram as chances de elas morrerem por causa da doença mais do que qualquer outro cuidado físico. As informações são do Daily Mail.
Segundo o estudo, 22% dos casos de câncer de mama foram detectados por mamografias tardiamente. Os estudiosos submeteram algumas mulheres a uma triagem e a cinco exames de mamografia – um por ano. As mulheres com idade entre 40 e 49 anos que não foram selecionadas receberam um exame e praticaram cuidados habituais.
A pesquisa aconteceu durante 25 anos e, no período, 3.250 das examinadas periodicamente e 3.133 das que não passaram por análise desenvolveram câncer de mama; 500 e 505, respectivamente, morreram da doença. “A mortalidade cumulativa de câncer de mama foi semelhante entre os dois grupos”, afirmou Anthony Miller, da Universidade de Toronto.
Os resultados indicam que 22% dos casos de câncer invasivo foram sobre diagnosticados. As conclusões podem não ser aplicáveis a todos os países, apenas nos tecnicamente avançados. "Enquanto os pesquisadores acreditam que a educação, o diagnóstico precoce e um excelente atendimento clínico devem continuar, eles concluem que a mamografia anual não resulta em uma redução da mortalidade em mulheres com idades entre 40 e 59 anos”, comentou Miller.
Sally Greenbrook, diretor sênior de políticas do Breakthrough Breast Cancer, disse que no Reino Unido as mulheres com idades entre 50 e 70 anos são orientadas a triagem de mama a cada três anos, por isso a pesquisa não se aplica ao cenário. Segundo Greenbrook, a mamografia salva vidas, sim, e no Reino Unido são cerca de 1.300 por ano, de acordo com pesquisa feita em 2012.