Charlene Howard, 33, teve um bom motivo para emagrecer e voltar à boa forma. Ela pesava cerca de 100 kg quando foi informada que seu filho Elliot precisaria de um transplante de fígado. Como parente mais próxima, ela seria a melhor candidata à doação. No entanto, ela não estava bem o suficiente para fazer a cirurgia pois estava na situação de obesa mórbida. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
Charlene, que é seguradora de finanças, começou a acumular peso quando Elliot tinha um ano. No primeiro aniversário do filho, ela estava com cerca de 80 kg, mas começou a engordar rapidamente quando ele foi diagnosticado com um tumor no cérebro, com apenas 18 meses de vida.
O menino, que agora está com nove anos, ficou um ano no Birmingham Children’s Hospital, onde passou por quimioterapia e uma cirurgia. Ao longo do tratamento, a mãe viveu no hospital junto com o filho.
Ela conta que durante este período estava cada vez mais gorda, porque comia qualquer coisa que estivesse disponível, como batatinhas fritas e doces.
O menino passou por uma cirurgia de 11 horas para remover 90% do tumor, sendo que o restante foi destruído por meio de quimioterapia.
No entanto, os médicos descobriram que a doença foi causada pelo fato de ele ser portador de fibrose cística. Por este motivo, a quimioterapia poderia tê-lo matado; enquanto que a ausência dela faria o mesmo. A fibrose cística é uma condição genética que faz com que os pulmões e o sistema digestivo se tornem obstruídas com o muco.
Quando Elliot foi liberado do hospital, e Charlene achou que eles retomariam a rotina, foi descoberta uma doença hepática. "Com cinco anos de idade, ele havia desenvolvido três doenças terminais diferentes”, lembra a mãe.
Neste momento, o transplante parecia a melhor opção e Charlene, por sua vez, a melhor doadora. Para poder fazer a cirurgia, ela fez uma revolução na sua dieta e no estilo de vida para perder peso.
Na tentativa de emagrecer, apostou em jogos de videogame fitness e comprou uma esteira. “Eu não gostava de academia”, lembra. “Eu sentia que as pessoas estavam olhando para mim como a pessoa gorda tentando correr. Eu não era como todas as pessoas, atléticas e magras”, completa.
Por isso, ela afirma que o joguinho Wii Fit foi um incentivo. Junto com a nova atividade, ela apostou em uma nova dieta. Para o café da manhã, ela come mingau; salada no almoço e risoto no jantar. Entre as refeições, aposta nas frutas e chá de ervas, e também reduziu as porções ao longo do dia.
Como resultado, foram 45 kg e seis números a menos no manequim. “É incrível saber que posso salvar Elliot agora”, comemora.