Uma pesquisa da Universidade de Oxford concluiu que mulheres brancas têm mais chances de terem câncer de mama do que as negras e asiáticas, e o motivo é porque elas costumam ingerir mais bebida aloólica e se recusam amamentar os filhos. As informações são do site inglês Daily Mail. No entanto, a situação pode mudar, já que o estudo alerta que se as jovens asiáticas e de comunidades negras continuarem "ocidentalizando" seus costumes e estilos de vida podem chegar aos mesmos números da doença.
Os pesquisadores chegaram ao resultado depois de avaliarem a condição médica e os hábitos sociais de mais de 1 milhão de mulheres britânicas com idades entre 50 e 64 anos. Segundo ele, as de descendência asiática tinham 18% menos chances de desenvolver a doença, enquanto as africanas tinham uma probabilidade 15% menor do que as mulheres brancas.
"O risco menor observado nas duas etnias é explicado pelas diferenças de estilo de vida e reprodução. Por isso, é importante que todas as raças e mulheres entendam que obesidade e consumo de álcool são fatores sérios de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, por isso, devem ser evitados", alerta Dr. Toral Gathani, responsável pelo estudo.
O artigo publicado no British Journal of Cancer explica que mulheres de descendências asiática e africana costumam ter mais filhos e amamentá-los, ações que comprovadamente ajudam a prevenir a doença. Números dão conta de que cerca de 60% das mães brancas amamentam os filhos contra 83% das negras e 85% das asiáticas.
A diferença é ainda maior entre as consumidoras de álcool: 75% das asiáticas não bebem nenhum tipo de álcool, comparadas a 38% de mulheres negras que ficam longe das bebidas e 23% de brancas que não consomem os itens alcoólicos. Outro número observado foi o tratamento para reposição hormonal feito durante a menopausa, que pode aumentar minimamente os riscos. Em torno de 30% das mulheres brancas fazem uso destes remédios, enquanto 50% das asiáticas e 29% das negras o fazem.
No entanto, deixando estes hábitos de lado, os especialistas descobriram que todas as etnias têm igual risco de desenvolver câncer de mama. Para eles, a situação é preocupante já que as mulheres que participaram da pesquisa faziam parte da primeira geração de imigrantes e que, com o passar dos anos, as filhas e netas tendem a alterar os hábitos e, assim, igualarem as chances.