Um remédio utilizado no tratamento de câncer pode ser uma opção para reverter o envelhecimento dos ovários, estendendo o período fértil e retardando a menopausa das mulheres. Isso é o que avalia um estudo em andamento feito por pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
A medicação é a Rapamicina, que age no sistema imunológico e é usada também para prevenir a rejeição de órgãos após transplantes. A substância é reconhecida por suas ações de reversão do envelhecimento.
O estudo
Segundo o Daily Mirror, a professora de genética Yousin Suh e o pesquisador Zev Williams comandam um estudo chamado "Validando os Benefícios da Rapamicina para o Tratamento do Envelhecimento da Reprodução". O objetivo é averiguar se o remédio pode ou não manifestar sua longevidade nos ovários das mulheres.
A análise é feita com pacientes que não conseguiram engravidar naturalmente nem por meio de procedimentos de fertilidade. Para alcançar os resultados, os pesquisadores vão mensurar o nível de hormônio anti-mulleriano que cada mulher possui. De acordo com a publicação, esse é o principal indicador da saúde reprodutiva da mulher e aponta a quantidade de óvulos que ela possui.
"Nós estamos interessados no envelhecimento reprodutivo da mulher, batizado de envelhecimento dos ovários, porque o ovário é o primeiro órgão a envelhecer no corpo humano", explica a professora.
Ela pontua que esse processo é abrupto, uma vez que a idade dos ovários começa a declinar quando a mulher chega aos 30 anos.
O Rapamicina ajuda a manter os óvulos no corpo, o que pode ajudar os ovários a funcionarem como se fossem mais jovens. Desse modo, o estudo tem ainda mais valor no contexto social em que muitas mulheres decidem retardar seus planos de maternidade para priorizar suas carreiras.