Saiba como se proteger do vírus Ebola

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomendam uma série de cuidados

31 jul 2014 - 17h15
(atualizado em 8/12/2014 às 17h32)
<p>Funcionários médicos que atuam com os Médicos Sem Fronteiras se preparam para levar comida a pacientes mantidos em quarentena em Serra Leoa</p>
Funcionários médicos que atuam com os Médicos Sem Fronteiras se preparam para levar comida a pacientes mantidos em quarentena em Serra Leoa
Foto: Tommy Trenchard / Reuters

O oeste da África está lutando contra a maior epidemia do vírus Ebola da história, suscitando preocupações em nível mundial de que a febre hemorrágica se propague para fora das fronteiras. A seguir, veja algumas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, sobre como se proteger do Ebola.

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Os sintomas do Ebola incluem febre, dores de cabeça, nas articulações e musculares, fraqueza, diarreia, vômitos, dor estomacal, falta de apetite e, em alguns casos, hemorragia. O vírus "é transmitido por contato direto com fluidos corporais de uma pessoa infectada ou após a exposição a objetos - como seringas - que estejam contaminados com secreções infectadas", disse Stephan Monroe, vice-diretor do centro dos CDC para doenças infecciosas. "O Ebola não é contagioso até que apareçam os sintomas", acrescentou.

O vírus Ebola pode se propagar através de muco, sêmen, saliva, suor, vômito, fezes e sangue. Monroe explicou que é "muito improvável" que o Ebola seja transmitido entre passageiros em um espaço fechado como um avião ou um trem, já que é necessário o contato direto com as secreções corporais. "A maioria das pessoas que se infecta com o Ebola convive (familiares ou trabalhadores da saúde) com as pessoas que já sofrem da doença e manifestam os sintomas".

Embora o vírus possa ser fatal em 90% dos casos, aqueles que se recuperam devem tomar precauções extraordinárias durante pelo menos dois meses, porque podem continuar sendo infecciosos. "Os homens que se recuperaram da doença ainda podem transmitir o vírus através do sêmen até sete semanas depois de terem se recuperado", explica a OMS. O Ebola também foi transmitido a pessoas que tiveram contato com o corpo de alguém que morreu deste mal, como, por exemplo, durante os preparativos para um funeral. "As pessoas que morreram de Ebola devem ser enterradas rapidamente e de forma segura", destaca a OMS.

Os pacientes de regiões onde o Ebola está ativo e que apresentam esses sintomas devem ser isolados do público em geral, recomendam os CDC. Os trabalhadores de saúde devem seguir as precauções exigidas para o controle de infecções. Precisam usar máscaras, luvas e batas de mangas compridas enquanto cuidam dos pacientes. Os CDC também recomendam a higiene rotineira das mãos antes e depois do contato com um paciente com febre, assim como cuidados extremos no uso e no descarte de agulhas e seringas.

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O período de incubação do Ebola - ou seja, o lapso entre a infecção e o aparecimento dos sintomas - é de 21 dias. O Ebola atinge as populações humanas depois que as pessoas têm contato com o sangue, os órgãos ou os fluidos corporais de animais infectados. Os morcegos frugívoros são seu hospedeiro natural. "Na África, tem sido documentada a infecção através do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frugívoros, macacos, antílopes e porcos-espinhos infectados que foram encontrados mortos na selva", destaca a OMS.

As pessoas devem evitar comer ou tocar na carne crua de animais silvestres. Se houver suspeitas de um surto em uma fazenda de macacos ou porcos, a OMS recomenda colocar toda a estrutura em quarentena e sacrificar os animais infectados, "supervisionando de perto o enterro ou a incineração das carcaças".

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