Amelia Adams, 22 anos, sofre de ansiedade desde a adolescência - uma preocupação constante que pode a deixar trêmula e exausta. Aos 17 anos, ela teve o primeiro ataque de pânico e passou anos tentando superar os sentimentos avassaladores. Depois de dois cursos de terapia cognitivo-comportamental, sem obter sucesso, ela encontrou um novo tipo de intervenção mais eficaz: a terapia da compaixão.
Inspirada no budismo, a terapia foi criada há 30 anos pelo psicólogo clínico da Derbyshire Health Care Foundation Trust, Paul Gilbert. O método já é oferecido como opção terapêutica em hospitais. As sessões individuais duram 50 minutos e as em grupo 90 minutos.
A ideia do tratamento é ajudar os pacientes a considerarem os pensamentos negativos e chegarem a visões alternativas mais realistas, explicou Gilbert. O foco é ser gentil com você mesmo. As sessões incentivam os pacientes a fazerem atividades diferentes, escrever a amigos, a ver o lado bom das outras pessoas e de suas próprias vidas em vez de os aspectos negativos.
O cérebro, segundo Gilbert, tende a se concentrar nas coisas negativas e perceber a bondade nos outros pode ser útil. Com a terapia, os pacientes julgam a si mesmos e suas vidas com menos severidade. Ao sentir compaixão ocorre uma mudança fisiológica positiva no corpo, segundo Gilbert.
Até 30% da população sofre de ansiedade. No último mês, um relatório do Escritório Nacional de Estatísticas disse que as mulheres jovens são mais ansiosas do que os homens jovens, enquanto um número crescente de mulheres de meia idade sofre de ansiedade crônica, as com mais de 60 anos formam o grupo com maior probabilidade de necessitar de tratamento hospitalar para a condição.