'Vai na Fé' mostra 'dor da vergonha' com alopecia; saiba como tratar

Personagem de Elisa é portadora da doença que afeta a saúde e a autoestima de milhares de brasileiros

21 abr 2023 - 05h00
Elisa Lucinda como Marlene em 'Vai na Fé'
Elisa Lucinda como Marlene em 'Vai na Fé'
Foto: Reprodução/ Globo

Como toda novela que se preze, "Vai na Fé" não se furta de discutir problemas e questões sociais. A trama de Rosane Svartman, no ar na faixa das 19h na TV Globo, já abriu espaço para falar de racismo, assédio e agora começa a abordar também um problema de saúde crescente no Brasil: a alopecia.

O termo se refere à queda de cabelo ou de pelos de qualquer parte do corpo, que pode se referir a questões genéticas, traumas, estresse ou ser uma manifestação autoimune. 

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No folhetim, o destaque até o momento foi para as falhas no couro cabeludo de Marlene, interpretada por Elisa Lucinda. A personagem usa peruca para disfarçar o impacto da doença, no caso dela de origem emocional. Em sua primeira cena mostrando os cabelos reais, exibida nesta quarta-feira (19), a matriarca da família de Sol (Sheron Menezzes) apareceu emocionada e envergonhada por conta do problema.

"A gravação foi muito mobilizante para mim. Não teve texto, era só ela na frente do espelho tirando a peruca e sentindo a dor da vergonha, da questão estética. Me senti representando milhões de mulheres que não falam da alopecia, que sentem vergonha do marido, vergonha social", destacou a Elisa, em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, antes da exibição da cena.

Como tratar a alopecia?

Antes de tratar a doença, é preciso entender qual o tipo de alopecia do paciente, ressalta a médica tricologista e cirurgiã plástica Patrícia Marques. Mas ela ressalta que, muitas vezes, é necessário realizar infusões de medicamentos na região acometida, e existe o risco da alopecia retornar.

"O tratamento  varia de acordo com o diagnóstico e compõe uma vasta gama de opções com medicamentos orais, suplementos nutricionais, injeções locais, laser, led e microagulhamento", complementa em entrevista ao Terra.

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Outro ponto importante é que nem todo tipo de alopecia tem cura. "A maioria tem controle", salienta a médica.

A calvície, por exemplo, é uma doença genética, cujo tratamento visa diminuir sua progressão. Já com a alopecia areata, quando tratada, os cabelos costumam voltar a crescer. Por outro lado, a recorrência do problema é muito comum.

Alopecia areata

Essa é a classificação da doença abordada em "Vai na Fé". Em matéria publicada nesta quinta-feira (20), o GShow adiantou que Marlene é portadora da alopecia areata, que se caracteriza pela queda de cabelo, geralmente em falhas circulares. 

Elisa Lucinda como Marlene em 'Vai na Fé'
Foto: vainafe-alopecia-imagemglobo

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esse tipo pode ser ainda classificado como total, quando há perda de todo o cabelo, ou universal, quando caem pelos de todo o corpo.

Nos próximos capítulos, a mãe de Sol deve procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) para iniciar o tratamento. Ela vai contar ainda com o apoio de Bruna (Carla Cristina Cardoso) para fazer penteados e cuidar da autoestima.

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Conheça outros tipos de alopecia, além da areata e da calvície:

  • Alopecia por tração: ocorre como consequência do excesso de penteados que forçam a raiz do cabelo.
  • Alopecia frontal fibrosante: costuma atingir mulheres que já passaram pela menopausa e é caracterizada por um recuo da linha do cabelo, além da perda de pelos nas axilas e sobrancelhas.
  • Eflúvio telógeno: gera perda de 300 a 500 fios por dia em decorrência de algum evento, condição médica ou deficiência de vitaminas.
Fonte: Redação Terra Você
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